A revolução dos portáteis

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Uma nova safra de equipamentos portáteis está chegando ao mercado. São novos ultrabooks, tablets e smartphones. Você vai se surpreender com os avanços desses dispositivos, a começar pelo ultrabook, um dos maiores sucessos do Consumer Electronics Show (CES 2012), realizado em Las Vegas, há duas semanas.

Tudo indica que 2012 será o ano do ultrabook. Para reforçar essa previsão, é bom lembrar que serão lançados 70 modelos diferentes de ultrabooks nos próximos meses, em todo o mundo. Por isso, não duvido que esse computador se transforme até numa espécie de sonho de consumo de tecnologia pessoal. Uma dream machine.

 

Sua chegada ao mercado brasileiro deverá ocorrer daqui a três meses. Embora ainda seja um conceito recente de computador portátil, o ultrabook veio para ficar. Por isso, sugiro que você esqueça três nomes do passado: notebook, laptop e netbook. Pense daqui para frente em ultrabook. Como é fácil de concluir, ele se inspirou no conceito, na elegância e no sucesso do Macbook Air, da Apple, criado por Steve Jobs e lançado em 2008. Sua expansão mundial agora resulta de uma iniciativa da Intel, que lançou o Projeto Ultrabook há poucos meses e obteve a adesão de mais de uma dúzia de indústrias de todo o mundo.

 

Oito exigências. Para um computador ser ultrabook, não basta ser fininho. Ele deverá ser ultraleve, ultrafino e ultrarrápido. E mais: seus fabricantes prometem que ele terá vida útil ultralonga. Para dar maior uniformidade ao conceito, o Projeto Ultrabook da Intel sugere que essa máquina tenha, pelo menos, oito características básicas.

 

São elas: 1) espessura máxima de 19,3 milímetros ou 0,8 de polegada; 2) muito mais durável e mais compacto; 3) utilizar microprocessador avançado, multinúcleo, de baixo consumo de energia; 4) preço sugerido para o consumidor não superior a US$ 1.000; 5) armazenamento de dados em memória flash, ou seja, com tecnologia de estado sólido (SSD-solid state drive); 6) inicialização rápida; 7) religação instantânea ao sair de hibernação; 8) garantia de, no mínimo, cinco horas de autonomia da bateria, sem necessidade de recarga.

 

Muitas opções. Muitas indústrias de renome em todo o mundo aderiram ao projeto e já estão fabricando seus próprios modelos de ultrabooks. Até 2013, serão cerca de 120 produtos dessa geração no mercado. Entre os primeiros, estão o Sony Vaio Z; o Asus Zenbook UX 21; o Acer Aspire S3; o Toshiba Portégé Z 830; o Dell XPS 14Z; o Lenovo Ideapad U300S; o Samsung Series 9; e o HP Envy 14 Spectre.

 

O melhor desempenho dessas novas máquinas é assegurado, acima de tudo, pelos superchips mais recentes da Intel, da Qualcomm, da IBM, da Texas, da ARM, bem como microprocessadores já famosos, como o Fusion da AMD e o Tegra 3 da Nvidia.

 

Vale lembrar que a AMD anunciou no CES 2012 de Las Vegas seus planos para a produção do Trinity, um chip de baixíssimo consumo de energia, destinado a ultrabooks superfinos, cujo preço deverá ser no máximo de US$ 500.

 

Como exemplo de economia de energia, o ultrabook Sony Vaio Z promete, com bateria auxiliar acoplada à máquina, autonomia de 15 horas de trabalho sem necessidade de recarga.

 

Raras vezes a indústria tomou iniciativa tão louvável como essa, atendendo a tantas aspirações dos usuários quantas são contempladas por essa nova geração de portáteis. Embora o limite superior de preços sugerido seja de US$ 1.000, é mais provável que a maioria dos ultrabooks custe entre US$ 500 e 700. Alguns, mais sofisticados, como o HP Envy 14 Spectre, custarão por volta de US$ 1.400.

 

Tablets vs. ultrabooks. É pouco provável que o ultrabook seja um competidor direto de tablets de sucesso como o iPad ou o Galaxy II. Até porque a Apple e a Samsung estarão lançando periodicamente versões mais avançadas.

 

Reciprocamente, esses tablets não deverão inviabilizar a aceitação do ultrabook pelo mercado. É muito mais provável que ambos os dispositivos sejam complementares e tenham seu espaço próprio.

 

Pessoalmente, para quem tem dúvidas, aconselho que optem pelo portátil que melhor atenda às suas necessidades: seja o ultrabook, para quem gosta dos recursos de funcionalidade e usabilidade tradicionais dos computadores; seja o tablet, para aqueles que preferem a leveza e a versatilidade desses dispositivos.

 

O trio de gigantes. Com o recente lançamento do novo sistema operacional do Windows Phone, o mundo dos smartphones ganha mais um forte competidor para enfrentar o iOs da Apple e o Android do Google, os dois sistemas operacionais dominantes, que detêm hoje a fatia de 74% do mercado. Segundo o presidente do Google, Eric Schmidt, a cada dia são ativados 700 mil smartphones com o sistema operacional Android.

 

Para tornar a concorrência no mercado muito mais acirrada, especialmente com modelos como o Lumia 900, da Nokia, e o HTC Titan II, da taiwanesa HTC, esses novos smartphones baseados no sistema operacional Windows Phone têm recursos realmente muito atraentes e úteis.

 

O que o usuário busca, em resumo, é facilidade de uso e abundância de aplicativos. E isso é o que podem oferecer o Android, o iOS Apple e o Windows, os três sistemas operacionais que disputarão o mercado com maior possibilidade de sucesso.

 

Teremos uma boa guerra.

 

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