A esteira dos didáticos e outras informações

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No meio do discurso que deixou a comunidade livreira insatisfeita, com sua comparação do ato da leitura ao de andar em esteiras elétricas, o primeiro presidente da República a abrir uma Bienal do Livro de SP recitou um número-chave para a sua audiência: “O MEC comprou 168 milhões de livros em 2003. Este ano comprará 124 milhões só de didáticos“. 
 
É em direção a esse número acachapante, equivalente a quase cem Bienais do Livro, que estão se lançando duas grandes empresas neste momento. 
 
Esta coluna já antecipara a vinda do grupo espanhol SM, que agora já tem equipe, endereço e vem dando tratos na bola para um grande prêmio de literatura infanto-juvenil. 
 
Na semana passada o mercado didático teve outra decolagem. A editora Escala, da área de revistas, lançou as bases da Escala Educacional. Capitaneando a operação, um peso-pesado do setor, Vicente Paz Fernandez (25 anos de experiência no setor, ex-diretor superintendente do grupo Ática/Scipione). 
 
 
NHÔ  
A secretária de Estado da Cultura, Cláudia Costin, diz a “Entrelinhas“ que em 15 dias será lançado o programa Prefeito Amigo do Livro. Dez dirigentes de municípios paulistas serão contemplados. Levarão uma placa e um computador com multimídia. 
 
IRON MAN  
Os mercados editoriais do Cone Sul não falam mesmo a mesma língua. Marcam a Bienal de São Paulo e as feiras de livros de Bogotá e Buenos Aires todas nos mesmos dias. José Castilho Marques Neto, diretor da Biblioteca Mário de Andrade, esteve em Buenos Aires, passou pelo Centro Imigrantes e esta noite, exausto, defenderá em Bogotá maior espaçamento entre um e o outro evento. 
 
LADEIRA ARRIBA  
O grupo espanhol Prisa, que controla o jornal “El Pais“, declarou esta semana ter tido lucros de 101%. Um dos destaques, anunciou a companhia, foi o desempenho da editora brasileira Moderna. 
 
LOS HERMANOS  
Não se deixe assustar pelo termo Cerlalc que vem logo abaixo. Vem de dentro dessa sigla estranha, abreviação para Centro Regional de Fomento ao Livro na América Latina e Caribe, uma notícia fresquinha (e quentinha) para a literatura brasileira. Em recente reunião do Conselho Executivo da entidade na Colômbia foi aprovada por unanimidade uma resolução que determina que os 20 países membros (da América Latina e Caribe, mais a Espanha) devem incluir em seus programas de compras de livros volumes de língua portuguesa. 

“Os países de língua espanhola passam a incluir um percentual de livros traduzidos de autores brasileiros“, comemora Galeno Amorim, coordenador do Fome do Livro e recém-eleito vice-presidente da Cerlalc. “O México já vinha fazendo algo semelhante, que criou importante mercado para escritores e editores brasileiros“, completa. 
 
 
 
 
 

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