Editoras de livros projetam investimento recorde este ano

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Pesquisa do MinC indica um total de R$ 240 milhões, 48% sobre 2004. As editoras brasileiras de livros vivem um momento de grande otimismo, graças principalmente à isenção de PIS/Cofins, conquistada no final do ano passado, o que significou uma redução de custos na cadeia de produção de até 9,6% sobre o preço final do produto. E o ânimo se refletiu nos resultados da pesquisa “Perspectivas do Mercado Editorial e Livreiro para 2005“, recém-realizada pelo Ministério da Cultura com profissionais do setor de todo o País, que apontou a perspectiva de um investimento total recorde para o correr deste ano de R$ 239 milhões no lançamento de novos títulos, modernização tecnológica, ampliação do negócio e na criação de novos selos editoriais.  
 
Se confirmado, o número significará um crescimento de 48% em comparação ao valor investido em 2004. Esta é uma das principais conclusões da pesquisa divulgada ontem pelo Ministério da Cultura. “Estamos mesmo otimistas, não só com a diminuição da carga tributária sobre o livro, mas também porque toda a cadeia livreira vai deflagrar nos próximos meses campanhas de marketing de motivação do hábito da leitura de uma maneira que nunca ocorreu no País, o que deve gerar um bom crescimento nas vendas“, diz Armando Antongini, diretor executivo da Câmara Brasileira do Livro (CBL)  
 
Ele acredita que as vendas este ano devem crescer entre 5% e 10% sobre 2004 – quando, segundo estimativas ainda não consolidadas pela CBL – foram vendidos no País um total pelo menos igual a 2003, de 299 milhões de unidades (53% do total em livros didáticos, comprados pelo governo federal). “Na CBL reunimos todos os segmentos da cadeia livreira e percebemos que todos eles são unânimes em considerar 2005 um bom momento para o produto“, completa Antongini.  
 
Caso sejam considerados os recursos previstos pela indústria gráfica, distribuidores, fabricantes de papel e os livreiros, o volume total de investimentos previstos para este ano na cadeia produtiva do livro é ainda maior. O varejo, por exemplo, projeta investimentos de R$ 4,7 milhões – mais que o dobro dos R$ 2,2 milhões do ano passado – para ampliar o número de pontos de venda, lojas já existentes e a própria oferta de livros.  
 
Esse crescente otimismo, que era perceptível desde o segundo semestre do ano passado com a formulação do Política Nacional do Livro e Leitura, o rápido andamento para a implementação da Câmara Setorial do Livro e a desoneração do livro assinada pelo presidente Lula, se confirma agora com os números da pesquisa.  
 
Segundo 77% dos editores, o desempenho do mercado será melhor ou muito melhor em 2005; para 17% será igual e para 3% será pior ou muito pior. Para Galeno Amorim, coordenador do Plano Nacional do Livro e Leitura, do MinC, “a pesquisa será importante para nortear as ações do governo em projetos, programas e outras atividades, de acordo com as necessidades do setor, que é fundamental para o desenvolvimento do País“.  
 
O estudo revelou também que os editores almejam apoio para abertura de novas livrarias e outros pontos de venda (17%), abertura de novas bibliotecas (13%), linhas de crédito para editoras e livrarias (13%) e campanhas de estímulo à leitura no rádio e televisão (11%). Os números da pesquisa mostram ainda que 34% dos editores afirmaram que irão reduzir o preço de capa dos títulos novos, 36% irão manter a mesma tabela, 14% irão corrigir a tabela pela inflação de 2004, 11% irão reduzir o preço de capa na tabela e 31% deram outras respostas.  
 
Oswaldo Siciliano, presidente da Câmara Brasileira do Livro, reforça as indicações da pesquisa sobre as perspectivas positivas para este ano e acredita que o mercado tem dado respaldo ao governo nesse processo. “Esse novo cenário se viabilizou principalmente a partir da união de todas as entidades produtivas e criativas do mercado editorial, que conquistaram um espaço significativo no centro dos debates, dando uma contribuição decisiva às ações encaminhadas pelo governo“.  
 
O livro ficou livre de PIS-Cofins desde 21 de dezembro passado. Mas o fundo para comunicação a ser criado com a retenção de pequeno imposto de 1%, acertado entre governo e empresas do setor, como contrapartida à isenção, só poderá ser cobrado no momento em que for aprovado no Congresso Nacional, o que não deve ocorrer antes do segundo semestre.  
 
Mas as empresas da cadeira livreira decidiram antecipar a constituição do fundo por conta própria, por intermédio de arrecadações feitas via entidades como a própria CBL, o Sindicato Nacional das Editoras de Livros e a Abre (Associação Brasileira do Livro).  
 
E com recursos já disponíveis, buscam agora uma agência de propaganda e afinam contatos com emissoras de TV e veículos em geral para buscar apoio e redução de tabelas para veiculação de campanha ainda neste primeiro semestre. “Estamos orçando que tipo de campanha vamos por no ar e já temos apoio de muitas emissoras, que já decidiram aderir a campanha sem cobrar o espaço publicitário“, conta Antongini.  

Mercado editorial prevê grande investimento
PublishNews – Carlo Carrenho

As editoras brasileiras planejam investir até dezembro um total de R$ 239 milhões no lançamento de novos títulos, modernização tecnológica, ampliação do negócio e na criação de novos selos editoriais, o que significa um crescimento de 48% em comparação ao valor investido em 2004. Esta é uma das principais conclusões da pesquisa “Perspectivas do Mercado Editorial e Livreiro para 2005“, recém-realizada pelo Ministério da Cultura com profissionais do setor de todo o País no âmbito das ações do VIVALEITURA, o Ano Ibero-americano da Leitura.

Se considerados os recursos previstos pela indústria gráfica, distribuidores, fabricantes de papel e os livreiros, o volume total de investimentos na cadeia produtiva do livro deve ser bem maior. O varejo, por exemplo, deve investir R$ 4,7 milhões – mais que o dobro dos R$ 2,2 milhões do ano passado – para ampliar o número de pontos de venda e a oferta de livros.

Esse crescente otimismo, que era perceptível desde o segundo semestre do ano passado, com a formulação da Política Nacional do Livro e Leitura, o rápido andamento para a implementação da Câmara Setorial do Livro e a desoneração do livro assinada pelo presidente Lula, está muito bem consolidado agora com números. Segundo 77% dos editores, o desempenho do mercado será melhor ou muito melhor em 2005; para 17% será igual e para 3% será pior ou muito pior.

Para Galeno Amorim, coordenador do Plano Nacional do Livro e Leitura, do MinC, “a pesquisa será importante para nortear as ações do governo em projetos, programas e outras atividades, de acordo com as necessidades do setor, que é fundamental para o desenvolvimento do país“.

O estudo revelou que os editores almejam apoio para abertura de novas livrarias e outros pontos de venda (17%), abertura de novas bibliotecas (13%), linhas de crédito para editoras e livrarias (13%) e campanhas de estímulo à leitura no rádio e televisão (11%). De acordo com a pesquisa, 34% dos editores afirmaram que irão reduzir o preço de capa dos títulos novos, 36% irão manter a mesma tabela, 14% irão corrigir a tabela pela inflação de 2004, 11% irão reduzir o preço de capa na tabela e 31% deram outras respostas.

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