Por que reservar tempo em uma viagem para conhecer uma biblioteca, já que os clássicos lugares que estampam cartões-postais chamam mais a atenção?
Quem responde é o empresário e bibliófilo José Mindlin, dono de um acervo de 40 mil títulos: “Porque muitos livros estão expostos. E porque muitas [bibliotecas] estão em prédios bonitos“.
Apesar de o acesso aos seus livros ser restrito, essas instituições, assim como monumentos e museus, contam parte da trajetória do lugar em que estão fixadas. Essa história está contada não apenas nos livros guardados nas estantes mas também nos edifícios que as abrigam e nas exposições de obras de seus acervos.
No Brasil, a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro planeja, para este ano, o início de um projeto que vai expor, permanentemente, dezenas de itens pertencentes à instituição. A biblioteca criará ainda uma área em que os usuários poderão percorrer as prateleiras e retirar os livros.
Também no Rio, o Real Gabinete Português de Leitura enche os olhos com sua arquitetura neomanuelina, além de conter o maior acervo de literatura portuguesa fora de Portugal.
Em Washington, a Biblioteca do Congresso, a maior do mundo, exibe impressionantes peças de seu patrimônio, como uma das três cópias intactas em todo o mundo da Bíblia de Gutenberg, do século 15.
Com todos esses argumentos, ainda resta dúvidas se a visita vale a pena?