Quem leva a melhor?

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

O ano começou mais cedo para um determinado nicho do mercado editorial. Desde a divulgação, em dezembro, das novas exigências para as compras governamentais de dicionários pelo Ministério da Educação, não faltaram trabalho e correria em editoras como Nova Fronteira, Larousse, Grupo Positivo, Objetiva e Melhoramentos. A meta é a mesma para todas: conseguir apresentar os produtos ao governo até 4 de março.  
 
E nesse filão, que conta com o mini Caldas Aulete (Nova Fronteira), o novo Larousse, os tradicionais Aurélio (Grupo Positivo) e Houaiss (Objetiva), a disputa pelas carteiras escolares – ao menos dos primeiros anos do Ensino Fundamental – vai se dar mesmo entre dois dos mais representativos autores brasileiros do universo infantil: Mauricio de Sousa e Ziraldo. Em 2003, a Nova Fronteira lançou uma versão infantil do Aurélio, com desenhos da Turma da Mônica. Apesar de o ´´Aurelião´´ estar, agora, nas mãos do Grupo Positivo, do Paraná, os direitos da versão de Mauricio de Sousa ainda são da Nova Fronteira. E a editora está apostando alto nesta edição para atender às crianças da 1ª e 2ª séries do Ensino Fundamental.  
 
O que a Turma da Mônica não devia estar esperando era que a Turma do Pererê cruzasse seu caminho. Com ilustrações de Ziraldo, a Melhoramentos está correndo contra o tempo para concluir seu dicionário infantil. Mas o criador do ´´menino maluquinho´´ está tranqüilo e confiante:  
 
– Em mais de 50 anos de carreira, já ilustrei quase tudo. Tenho mais de 10 mil desenhos guardados. Então, não foi difícil formar um dicionário. Estou recriando cerca de 300 ilustrações para compor a edição – explica Ziraldo, que salientou ainda a importância do dicionário ilustrado infantil no estímulo à criatividade das crianças.  
 
E, se depender do diretor geral da Melhoramentos, Breno Lerner, tudo estará prontamente adequado à apresentação governamental no início de março:  
 
– Podem esperar. O Melhoramentos ilustrado vai ficar lindo – contou entre uma e outra conversa, na quarta-feira, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, durante o coquetel de lançamento do novo dicionário Michaelis (vendido diretamente nas livrarias, sem fazer parte do programa de compras governamentais) que vem acompanhado de um CD-Rom.  
 
Além dessa novidade, a venda dos dicionários Michaelis, até março, faz parte da segunda edição da campanha Cidadania ao pé da letra. Parte da renda obtida com a venda dos dicionários será revertida para o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graac), organização paulista sem fins lucrativos. Ano passado, quando o Instituto Ayrton Senna foi o beneficiado, foram vendidos cerca de 300 mil exemplares, no chamado período volta às aulas (de março a novembro).  
 
– Este ano, tudo leva a crer que teremos um aumento de cerca de 20% das vendas, chegando a 350 mil exemplares vendidos – prevê Lerner. 

Menu de acessibilidade