Construção de bibliotecas é muito lenta

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O programa Fome de Livro, do governo federal, havia prometido concluir até o fim de 2004 a construção de 500 bibliotecas públicas, mas apenas 130 foram terminadas. Entre as justificativas para o não cumprimento das metas está a demora na liberação da verba destinada ao projeto, inicialmente anunciada como um total de R$25 milhões, mas que não ultrapassou R$1,6 milhão, observa o boletim de Ciência e Tecnologia da Unicamp.  
 
Para este ano está prevista a reserva de R$20 milhões. Para se cumprir o programa, restam quase mil bibliotecas a serem construídas até o final do mandato do presidente Lula. Aparentemente, novas prioridades teriam mudado os planos do Programa Fome de Livro, que foi lançado em abril do ano passado.  
 
Segundo Galeno Amorim, coordenador do Plano Nacional do Livro e da Leitura, para este ano está prevista a implantação da Câmara Setorial do Livro, a primeira a ser criada pelo Ministério da Cultura (as outras serão de música, artes cênicas e artes visuais). Será responsável pela política do livro com metas até 2022, ano do bicentenário da Independência. Em abril, os ministérios da Educação e da Cultura planejam o lançamento da campanha nacional de incentivo à leitura, batizada de VivaLeitura 2005, que deverá ser veiculada gratuitamente pela televisão, rádio e mídia impressa, como parte das comemorações do Ano Interamericano de Leitura.  
 
Criou-se também o Fundo Pró-Leitura, que receberá a arrecadação de 1% sobre o valor do livro vendido. Outras ações serão anunciadas ao longo do ano, com a participação de outros 12 ministérios, instituições vinculadas e estatais federais.  
 
A ONG Instituto Ecofuturo concluiu uma pesquisa que mostra que o país tem quase três vezes mais bibliotecas do que informam os dados oficiais, com um total de 14.058, incluídas as existentes em escolas e comunidades.  
 
Dentre estas, apenas 356 possuem computador e estão concentradas na região Sudeste (41,1%), seguidas do Nordeste (27,1%), Sul (18,8%), Centro-Oeste (7,6%) e Norte (5,4%).  
 
Boa parte dessas bibliotecas é resultado de ações voluntárias de pessoas das comunidades. O número é insuficiente se comparado aos padrões traçados pela Unesco.  

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