Os países da América Latina e o Caribe possuem 39 milhões de adultos analfabetos, segundo pesquisa da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) divulgada no dia 2 de fevereiro em Santiago (Chile).
Ainda de acordo com o estudo, seriam precisos US$ 7 bilhões para erradicar o problema até 2015. Fora o analfabetismo, a região precisaria investir US$ 150 bilhões para superar todos seus problemas com educação, destaca a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), parceira na Unesco na pesquisa.
A taxa de analfabetismo é igual ou superior a 10% em 10 dos 22 países que constam no documento, e em cinco deles supera os 20%. Para superar tal problema, segundo o informe da Unesco, os governos devem concentrar seus esforços na “universalização da educação pré-primária, assegurar a todos o ensino fundamental e elevar para 75% a cobertura da educação secundária [ensino médio]“.
No ano de 2000, segundo a Unesco, as matrículas da educação pré-primária, ou infantil, alcançaram 50% da população em idade de estudar nos 22 países, na média. Os países da região precisariam de recursos na casa dos US$ 64,6 bilhões para resolver os problemas nesta fase dos estudos.
Para a entidade, a abrangência total da população pela educação pré-primária permitiria elevar a eficiência de todo o sistema educacional, “uma vez que reduziria o número de anos necessários para completar a educação básica e média“. Por sua vez, o ensino primário básico, se fosse cursado integralmente, ajudaria a garantir o obtenção de melhores empregos.
Até 2000, destaca a pesquisa, as matrículas neste segmento, na América Latina e Caribe, alcançaram 93% do público alvo. Desse total, porém, apenas 83% terminaram o ciclo. Para assegurar integralmente os estudos das crianças nesta fase escolar, seriam necessários US$ 21,5 bilhões, enquanto a educação secundária teria a demanda de US$ 59,3 bilhões.