Tarso Genro diz que o MEC não deve ser atingido na reforma ministerial

O ministro da Educação, Tarso Genro, disse no dia 7 de março, em São Paulo, que não está preocupado com a reforma ministerial, que deve ser anunciada nos próximos dias pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tarso veio à capital paulista para participar do programa “Roda Viva“, da TV Cultura, e à tarde se encontrou com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno José Bezerra.  
 
Ao responder se a reforma já passou do tempo de ser feita, o ministro afirmou, entre risos e tom de brincadeira, que também “fica meio ansioso de vez em quando“. “Mas o tempo da reforma é um tempo que o presidente precisa arbitrar. Às vezes penso que está demorando demais, mas é ele [Lula] quem tem todas as variáveis do funcionamento da máquina pública e das alianças necessárias“, disse.  
 
Tarso Genro, porém, declarou não estar “especialmente preocupado“, e por duas razões fundamentais. “Primeiro porque, para mim, não faz nenhuma diferença servir o governo como ministro ou de fora da condição ministerial. Em segundo lugar porque parece, segundo todos os indícios demonstram, que o Ministério da Educação não está selecionado como uma das pastas que deve mudar“, disse o ministro. Na opinião de Genro, o programa desenvolvido pelo MEC está “perfeitamente“ de acordo com as orientações e desejos do presidente Lula. “É com porque posso trabalhar sem prestar atenção na reforma“, explica o ministro. 
 
Outra reforma – Com relação a outra reforma bastante debatida, a universitária, Tarso Genro disse o projeto pode sim ser votado este ano. “Apesar da polêmica que ouve, as principais instituições que têm ligação com a educação no Brasil estão sustentando, após debates, o anteprojeto de reforma“, afirmou o ministro. Como exemplo ele citou a Academia Brasileira de Ciências, Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), Abruc (Associação Brasileira das Universidades Comunitárias, SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), UNE (União Nacional dos Estudantes), Confenen (Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino) e as cinco centrais sindicais.  
 
“Se nós tivermos paciência e dialogarmos bem até o fim do semestre, podemos enviar logo após o recesso e votar no segundo semestre. Porque a reforma não é um projeto ideal, para ser mantido por 100 anos, mas é feita para darmos um passo adiante no sentido de qualificar e expandir o sistema educacional superior no Brasil. E isso, na minha opinião não é difícil de fazer“, afirmou Genro 

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