Nos últimos 30 anos, o número de crianças matriculadas no ensino fundamental na área rural cresceu 21,4%, passando de 5,1 milhões para 6,2 milhões de acordo com dados do Censo Escolar realizado pelo Inep. Já a população diminuiu 33,7%, passando de 41,1 milhões para 27,2 milhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de atendimento escolar para a população rural é de 95% na faixa etária de 10 a 14 anos, e a da área urbana é de 97%.
Outros indicadores ajudam a traçar um panorama da situação educacional na área rural: de 1970 a 2001, a escolaridade média da população de 15 anos ou mais passou de 1,2 anos de estudo para 3,4 anos. A taxa de analfabetismo nesta mesma faixa etária, foi reduzida de 55,6% para 28,7%. Embora a situação tenha melhorado na comparação com a área urbana, persiste a desigualdade: nas cidades, a taxa de analfabetismo é de 9,5% e a população tem, em média, sete anos de estudo, segundo os dados de 2001
No período, número de estabelecimentos diminuiu 18%
Portal INEP
Nos últimos 30 anos, o número de estabelecimentos de ensino na área rural brasileira que oferecem ensino fundamental passou de 118 mil para 97 mil, um decréscimo de 17,8%. A diminuição ocorreu principalmente nas escolas menores, com uma única sala, que representavam 80,7% do total em 1971 e 49,9%, em 2003. Atualmente, o número de escolas rurais corresponde a mais da metade do número total existente no País, que é de 169 mil.
28% dos jovens no campo ainda são analfabetos
Gazeta de Alagoas
A população rural brasileira foi reduzida em mais de um terço nos últimos 30 anos, enquanto o número de crianças do campo matriculadas no ensino fundamental cresceu 21%. No entanto, apesar dos avanços, as diferenças educacionais mostram que a área rural ainda é um mundo muito diferente da cidade.
Dados analisados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas em Educação (Inep) mostram que 28% dos jovens acima de 15 anos no campo ainda são analfabetos – dois terços a mais do que o índice registrado nas cidades. A escolaridade dos jovens no campo, apesar de ter mais do que dobrado nos últimos 30 anos, ainda é a metade da população urbana. Na cidade, em média, a população tem 7 anos de estudo. No campo, 3,4 anos. A distorção idade-série chega, no campo, a 65% das crianças matriculadas, enquanto na cidade é de 50%.
Apesar de concentrar mais da metade das escolas brasileiras – 97 mil de 169 mil existentes –, as escolas rurais deixam a desejar em termos de qualidade e até mesmo quantidade do atendimento. A metade delas ainda é de uma sala, e 64% são multisseriadas – onde ficam concentrados estudantes de várias séries na mesma sala – e com apenas uma professora. Para piorar a situação, boa parte dos professores que ensinam no campo tem formação inadequada. Apenas 9% completaram o ensino superior.
“Geralmente, os professores com formação inadequada permanecessem nas escolas pequenas enquanto completam sua formação, quando então pedem transferência para a cidade, onde os salários são maiores“, diz um estudo preparado pelo grupo permanente de educação do campo do Ministério da Educação.
Número de crianças na escola cresce 21% no campo em 30 anos
Da Folha Online
O número de crianças matriculadas no ensino fundamental nas áreas rurais do país cresceu 21,4% nos últimos 30 anos, passando de 5,1 milhões para 6,2 milhões, revela balanço do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, ligado ao MEC) divulgado nesta terça-feira.
No mesmo período, no entanto, o número de estabelecimentos de ensino que oferecem ensino fundamental na área rural passou de 118 mil para 97 mil, um decréscimo de 17,8%. A diminuição ocorreu principalmente nas escolas menores, com uma única sala, que representavam 80,7% do total em 1971 e 49,9%, em 2003.
Atualmente, o número de escolas rurais corresponde a mais da metade do número total existente no país (169 mil). A população que vive no campo também diminuiu nas últimas três décadas –de acordo com o IBGE, passou de 41,1 milhões para 27,2 milhões, recuo de 33,7%.
Tempo de escola
Outros indicadores também ajudam a traçar um panorama da situação educacional na área rural: de 1970 a 2001, a escolaridade média da população de 15 anos ou mais quase triplicou, passando de 1,2 anos de estudo para 3,4 anos. A taxa de analfabetismo nessa mesma faixa etária, por sua vez, foi reduzida de 55,6% para 28,7% no campo. Embora a situação tenha melhorado, na comparação com a área urbana persiste a desigualdade: nas cidades, a taxa de analfabetismo é de 9,5%, e a população tem, em média, sete anos de estudo.