Especialistas debatem conectividade nas escolas públicas do Brasil

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Representantes de diferentes áreas do governo, da sociedade civil e do setor privado reuniram-se ontem (15) na Secretaria de Assuntos Estratégicos para debater a conectividade nas escolas públicas. Foi o primeiro encontro de uma rodada de reuniões sobre o tema, que é um dos pilares do projeto Pátria Educadora.

“Foi uma discussão inicial em que pudemos ouvir os diversos interlocutores e mapear a realidade e os caminhos que poderíamos seguir no futuro para atingir esse fim de ampliar a conectividade, o serviço de banda larga com mais qualidade nas escolas públicas do Brasil”, disse o subsecretário de Ações Estratégicas, Daniel Vargas.

Um dos pontos levantados foi a importância de se identificarem as experiências exitosas já aplicadas no país. Também foram discutidas a velocidade da internet oferecida e a necessidade de escolher entre estabelecer uma única tecnologia de acesso à internet para todas as unidades federativas ou possibilitar que cada estado, a partir de sua realidade, escolha a infraestrutura mais adequada para atingir metas estabelecidas nacionalmente.

“O objetivo [dessa proposta] não é estabelecer uma tecnologia, uma infraestrutura básica e uniforme para todo o país, mas estabelecer uma meta nacional de acesso à banda larga de alta velocidade e garantir alguma flexibilidade para estados e municípios adaptarem as diversas infraestruturas disponíveis ou criarem infraestruturas novas”, ressalta Vargas. Ele afirma que esses pontos ainda serão debatidos em outros encontros.

Diogo Moyses, especialista em telecomunicações e consultor da Fundação Lemann, uma organização sem fins lucrativos voltada para a melhoria da qualidade do aprendizado, também participou da reunião. Para ele, mais importante que a estrutura é o debate sobre a velocidade de acesso à rede. “O princípio orientador é a velocidade que queremos atingir em todas as escolas brasileiras, caso a caso, e é possível fazer a opção por essa ou aquela infraestrutura, o que não quer dizer que não tenhamos uma infraestrutura prioritária hoje de desenvolvimento no Brasil, que é a fibra ótica.”

Para ele, proporcionar a conexão é tornar a educação mais igualitária, mas é preciso pensar também no uso que será dado à rede dentro das atividades escolares. “A conectividade tem um valor em si indiferente do seu uso, mas é evidente que conectar uma escola é parte do processo. É preciso ver quais são os melhores usos pedagógicos possíveis a partir da disponibilidade de tecnologia e de infraestrutura”. Ele ressalta também que, em escolas onde há conexão, a realidade dos alunos já apresenta mudanças. “As escolas de fato conectadas estão passando por verdadeiras revoluções internas sob a perspectiva do engajamento dos alunos que chegam antes na escola, ficam até depois, querem se envolver nas atividades e dos professores também.

Agora, o próximo passo é mapear as infraestruturas existentes e analisar as melhores opções para ampliar o acesso à internet. Um novo debate deve ser realizado em 15 dias.

Menu de acessibilidade