Após troca de acusações, Cid Gomes deixa o Ministério da Educação

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Cid Gomes não é mais ministro da Educação, segundo o jornal O Globo. Em nota oficial, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência confirmou que o ex-governador do Ceará entregou carta de demissão a Dilma Rousseff, que o agradeceu pela `dedicação` no cargo.

A saída já tinha sido anunciada pouco antes por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, também segundo O Globo. Em plenário, o peemedebista afirmou que foi avisado por telefone por Aloizio Mercadante, ministro-chefe da Casa Civil, sobre a demissão de Cid Gomes. A saída do ministro ocorre após tarde turbulenta.

O PMDB chegou a ameaçar o governo de Dilma Rousseff de sair da base aliada formada pelo PT caso Cid não saísse, de acordo com a Folha de S. Paulo.

Afastado por motivos de saúde até sexta-feira (20), Cid voltou à Casa nesta quarta para explicar declaração que deu em palestra a estudantes em universidade de que a Câmara tem 300 a 400 deputados “achacadores”. Governo e Congresso esperavam que ele se desculpasse, mas o ministro admitiu e reafirmou o que disse. Depois apontou o dedo em direção a Cunha e afirmou que “prefere ser acusado de ser mal educado do que ser acusado de achacador”.

Após ser atacado, Cunha anunciou que a Câmara dos Deputados e ele, pessoalmente, moverão ações judiciais contra o ministro. “Eu gostaria de dizer que o procurador, que já havia tomado a sua posição de interpelar, vai receber da presidência desta Casa a orientação de não se ater a uma interpelação, e sim, partir para o processo. E agregado ao processo haverá o processo deste presidente na sua pessoa física`, afirmou Cunha, de acordo com o G1.

Gerson Camarotti, colunista do G1, em seguida publicou que a saída era provável. O ministro iria colocar o cargo à disposição de Dilma por dois motivos: falta de apoio da base aliada, algo que ele criticou abertamente nesta quarta, e para cuidar da saúde e da família.

Antes, Cid também declarou que deputados que compõem a base aliada ao governo deveriam apoiá-lo. “Partidos de situação têm o dever de ser situação ou então larguem o osso, saiam do governo, vão pra oposição. Isso será mais claro para o povo brasileiro`, afirmou. Nesse momento deputados gritavam na tentativa de interrompê-lo.

O PMDB já tinha afirmado, por meio de seu líder no plenário, Leonardo Picciani, que buscaria o governo para obter um posicionamento sobre a conduta de Cid. “Cobraremos ao governo que diga se permite e orienta os ministros a desrespeitar o Parlamento”, disse o deputado. Aparentemente o Congresso ganhou mais uma queda de braço com o governo.

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