Morte de grandes autores marcou ano de pouco crescimento

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Mais do que por grandes lançamentos, o ano de 2014 ficará para sempre marcado por despedidas. Foi um ano especialmente triste para a literatura, que perdeu, num único mês, em julho, João Ubaldo Ribeiro, Ariano Suassuna, Ivan Junqueira, Rubem Alves e Nadine Gordimer. Em abril, foi o colombiano Gabriel García Márquez. Em novembro, Manoel de Barros.

O mercado editorial foi surpreendido por algumas notícias. A aquisição da Santillana pelo Grupo Penguin Random House refletiu no Brasil com a fusão da Companhia das Letras e Objetiva/Alfaguara. O Grupo Sextante comprou 50% da gaúcha L&PM. A Amazon começou a vender livros físicos no País, lançou seu serviço de aluguel de e-books sem o apoio de grandes editoras e lidera o comércio de livros digitais por aqui, que ainda é pequeno, mas vem crescendo. Segundo a pesquisa Produção e Venda do Setor Editorial, feita pela Fipe e anunciada este ano, o faturamento das editoras com o e-book saltou de R$ 3,8 milhões em 2012 para R$ 12,7 milhões em 2013 – um indício de que 2014 verá números ainda maiores. Pensando nisso, a Saraiva lançou o Lev, seu e-reader.

Mesmo com esses números, este foi, mais uma vez, um ano sem crescimento. Essa crise, a ameaça da Amazon e a relação desigual mantida entre editoras e grandes redes de livrarias e entre editoras e livreiros independentes, levou de volta a lei do preço fixo do livro ao debate. O Vale Cultura levou novo ânimo e consumidores para as livrarias – e editores e livreiros seguem na torcida para que ele seja usado em massa para a compra de livros.

 

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