Brasil fica em 6.º lugar, entre 15 países da América Latina e Caribe, em prova de leitura da Unesco

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O Brasil aparece na sexta posição, entre 15 países da América Latina e do Caribe, numa avaliação sobre a capacidade de leitura e escrita de alunos do 4.º e 7.º anos do ensino fundamental, divulgada nesta quinta-feira pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Em matemática, os estudantes brasileiros do 4.º ano do fundamental tiveram desempenho ligeiramente melhor, deixando o país na quinta posição, enquanto no 7.º ano o Brasil ficou na sétima colocação. O Chile lidera o ranking nas duas disciplinas e séries avaliadas; a República Dominicana está na lanterna.

O Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce), como é chamada a avaliação, consiste num teste aplicado no ano passado, numa amostra de escolas públicas e particulares representativa de cada um dos 15 países.

A pontuação brasileira melhorou em todos os segmentos, em relação ao exame anterior, de 2006, batizado de Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Serce). O maior avanço ocorreu em matemática, entre os alunos do 4.º ano, cuja nota subiu de 505,03 para 539,54, um acréscimo de 34,51 pontos. O líder Chile obteve 582,44. De acordo com a Unesco, porém, o Brasil ficou estagnado em leitura, no caso do 7.º ano do fundamental, já que o aumento de 3,61 pontos não foi considerado estatisticamente relevante.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Francisco Soares, disse que os resultados do Terce são semelhantes aos revelados pela Prova Brasil e pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Ou seja, mostram que o Brasil está melhorando, mas continua longe do ideal.

O levantamento estima também o percentual de estudantes por nível de aprendizagem, numa escala de 1 a 4, que tem ainda o nível inferior a 1. Na média do subcontinente, a maioria dos alunos teve desempenho que corresponde aos três níveis mais baixos de conhecimento em todas as disciplinas e séries avaliadas. No Brasil, isso ocorreu no 4.º ano do fundamental, em leitura e matemática. Já no 7.º ano, 51,7% dos alunos brasileiros alcançaram os níveis 3 e 4 de aprendizagem em matemática e 53,05%, em leitura.

Um dos coordenadores do Terce, Atilio Pizarro destacou que houve progresso, mas ainda há muito trabalho a ser feito na área educacional do subcontinente. Ele lembrou que o Chile, o primeiro colocado no Terce, não figura sequer entre os 30 melhores países do Pisa, outra avaliação internacional realizada pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) em países das Américas, Europa, Ásia e Oceania.

O Terce mediu conhecimentos também em ciências, mas o relatório não traz dados do Brasil, já que o país, assim como o Chile, não participou da prova de ciências em 2006, quando essa disciplina era voluntária no exame da Unesco. A amostra do Terce foi de 134 mil estudantes. No Brasil, foram 7.408 alunos de 220 escolas, em mais de cem municípios.

 

 

Brasileiros tiveram avanços em matemática entre 2006 e 2013, mostra estudo
Agência Brasil

Dados do 3° Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce), que avalia o rendimento em matemática, leitura e ciências de estudantes do 4° e do 7° anos do ensino fundamental de 15 países da América Latina e do Caribe, divulgado hoje (4) pela Unesco, mostram que os brasileiros obtiveram avanços em matemática entre 2006 e 2013.

No 4º ano, a pontuação do Brasil em matemática passou de 505,03 para 539,54, um acréscimo de 34,51 pontos. No 7º ano, a pontuação subiu de 499,42 para 519,63, acréscimo de 20,21 pontos. Na leitura, o rendimento dos alunos do 4° subiu 15,76 pontos entre 2006 e 2013. Já os estudantes do 7° ano ficaram com rendimento estagnado em leitura, segundo o Terce, pois o crescimento foi 3,61 pontos.

Em relação às ciências, apenas 1,46% dos estudantes tiveram nível de desempenho considerado excelente. Esse foi o primeiro ano que a prova de ciências foi aplicada no país.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Francisco Soares, considera o desempenho brasileiro no Terce compatível com o obtido em outras avaliações, como a Prova Brasil. “Os resultados brasileiros não estão no ideal, por isso, falamos tanto na melhoria da qualidade da educação”, disse.

O estudo compara os gastos em educação pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de 15 países em 2012. O Brasil aparece como o terceiro que mais investiu em educação, atrás da Argentina e da Costa Rica. “O Brasil teve avanço muito importante nos gastos públicos em educação. Isso garante que se possa entregar serviços educacionais de melhor qualidade”, disse o representante da Unesco, Atilio Pizarro.

Em relação à America Latina e Caribe, o panorama apresentado pela Terce é que houve melhora na região e na maioria dos países que participam, mas ainda é necessário que haja avanços consideráveis.

O Terce avaliou 134 mil estudantes de mais de 3.200 escolas da América Latina e do Caribe. Os países participantes foram: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e o estado mexicano de Nuevo León.

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