Bienal chega aos 30 anos com recorde de público jovem

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 A Bienal do Livro do Rio completou 30 anos em 2013 com o maior público jovem de sua história. No encerramento da 16ª edição do evento, neste domingo, a organização anunciou que a porcentagem de visitantes entre 14 e 29 anos subiu de 44%, em 2011, para 51% este ano – sem contar os 145 mil estudantes da rede pública que participaram da visitação escolar.

 

O público total dos 11 dias de Bienal foi de 660 mil pessoas, 10 mil a menos do que o recorde atingido na edição passada. Ainda assim, o evento contabilizou aumento de vendas. O faturamento este ano foi de R$ 71 milhões, em comparação a R$ 58 milhões em 2011, com 3,5 milhões de volumes vendidos, quase 700 mil a mais do que na edição passada. Em 2013, mais visitantes adquiriram livros (82% contra 76% em 2011) e eles levaram em média 6,4 exemplares, em comparação a 5,5 na última edição.

 

– Para os editores, ver um público mais jovem comprando mais livros desperta uma grande esperança nos novos leitores. A Bienal chega aos 30 anos no auge da forma – disse Sonia Jardim, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), que organiza a Bienal ao lado da Fagga / GL Exhibitions.

 

A programação cultural foi uma das responsáveis por atrair o público mais jovem ao Riocentro, misturando presenças tradicionais na Bienal, como Ziraldo (homenageado do evento este ano), Mauricio de Sousa e Thalita Rebouças, e novos nomes de sucesso, como Eduardo Spohr, André Vianco, Felipe Neto e os humoristas do grupo Porta dos Fundos.

 

– O que mais me surpreendeu foi ver um público jovem com experiência de leitura e muito interesse pelos livros. Não vieram à Bienal só a passeio, chegavam com listinhas de livros a comprar, participavam dos debates e faziam ótimas perguntas – disse João Alegria, curador do espaço #acampamento, dedicado aos jovens, uma das novidades na programação deste ano.

 

Outro destaque entre as novidades da programação foi o Placar Literário, com debates em torno do futebol, que teve casa cheia até em horário de jogo do Campeonato Brasileiro. Além de conversas sobre os times cariocas e a seleção e sobre a relação entre literatura e futebol, o espaço recebeu boas discussões sobre temas polêmicos, como a elitização dos estádios brasileiros e a legislação que proíbe biografias não autorizadas de figuras públicas.

 

– A ideia do Placar Literário era reunir não só jornalistas e cronistas esportivos, mas também escritores, antropólogos e sociólogos para pensar o futebol. O público que tem o futebol na alma entendeu isso e participou, mas sem deixar de falar também da bola rolando – disse o jornalista João Máximo, do GLOBO, curador do espaço.

 

Placar Literário, #acampamento e os outros espaços culturais da Bienal, como o Café Literário e o Mulher e Ponto, receberam um total de 30 mil pessoas e 188 autores, 25 deles estrangeiros. A edição de 2015 da Bienal está prevista para acontecer de 20 a 30 de agosto

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