Entidades fazem campanha contra ida de Cláudia Costin para o MEC

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Diferentes entidades e organizações não-governamentais estão fazendo campanhas na internet contra a transferência da secretária municipal de Educação do Rio de Janeiro, Cláudia Costin, para o Ministério da Educação. Há, inclusive, uma petição pública contra a primeira escolha feita pelo ministro Aloizio Mercadante e divulgada pelo iG no dia 16 de novembro.

A petição critica a atuação de Cláudia de forma dura, dizendo que ela tem “implementado a privatização do ensino público, a fragmentação do trabalho docente, a perda da autonomia dos professores e a submissão estrita aos cânones neoliberais”. Os professores que assinam o documento dizem que a secretaria comandada por Cláudia impôs “autoritarismo didático e de conteúdos” às escolas.

Eles acreditam que a educação básica será “descaracterizada” se a ida da secretária para Brasília for confirmada. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) também usou a internet para protestar contra o nome da secretária municipal do Rio para o cargo.

 

“Não concordamos com qualquer movimento que venha a indicar retrocessos no projeto de resgate da educação pública brasileira e do País”, afirmaram.

 

A CNTE, em nota divulgada em seu site, citou o passado da secretária, que foi ministra da Administração e Reforma do Estado durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. “A CNTE exige do MEC coerência com a manutenção do projeto que elegeu Dilma Rousseff à Presidência da República, condição esta que requer a indicação de pessoas comprometidas com o projeto de sociedade escolhido por 56 milhões de brasileiros”, diz.

O ministro Aloizio Mercadante confirmou, na última terça-feira, que o atual secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, César Callegari, vai deixar o cargo até o fim do ano, após dez meses de trabalho. Callegari alegou motivos pessoais para voltar a São Paulo. Mercadante não informou ainda quem irá ocupar o lugar dele, mas o iG apurou que o primeiro convite foi feito a Cláudia Costin.

Outra entidade que criticou a indicação foi o Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (MIEIB), criado em 1999. A organização que defende os direitos das crianças e quer um novo secretário que dê “continuidade ao projeto de educação infantil até então implementado pelo MEC”. O movimento enviou uma carta aberta ao ministro Mercadante.

“Expressamo-nos contrários à indicação da secretária de Educação do município do Rio de Janeiro, Cláudia Costin, assumir a Secretaria de Educação Básica, por defender políticas, programas e ações que fragilizam a identidade e os princípios da Educação Infantil presentes nas orientações e no marco legal educacional vigente no Brasil”, diz o texto.

 

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