Haddad acusa professores

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O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse ontem, (27), que o governo tem convicção de que dois dos 36 cadernos de pré-teste do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram reproduzidos e distribuídos aos alunos pelos professores do Colégio Christus, em Fortaleza.

 

“Os professores recomendavam aos próprios estudantes a não divulgação desses cadernos, porque as questões ali contidas, provavelmente algumas delas cairiam na prova”, afirmou Haddad.

 

A direção do colégio não quis se manifestar sobre as acusações do ministro. Segundo ele, a busca de igualdade de condições é o pilar do exame. “O Enem tem de garantir isso, seja quando o estudante é prejudicado por uma ação na qual ele não deu causa, seja quando é favorecido. Não se trata de punição,
 mas de busca de igualdade de condições. Vamos chegar aos responsáveis por isto rapidamente e vamos exigir resposta da Justiça”, diz o ministro.

 

Um professor de prenome Jahilton teria sido o responsável por entregar aos alunos uma apostila com questões idênticas às do Enem. Mensagens postadas por um aluno do colégio no Twitter na noite do sábado já falavam que a apostila entregue por Jahilton antecipou 8 das 90 questões do primeiro dia de provas do Enem. A Polícia Federal apura se algum funcionário do colégio subornou um fiscal do pré-teste para obter cadernos de questões e tirar cópias.

 

Já a comissão de educação e cidadania da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE) afirmou que o cancelamento das provas dos alunos do Christus se configurou como um pré-julgamento, pois foi feito em pouco tempo. “O MEC tentou arranjar um bode expiatório para não assumir que pelo terceiro ano consecutivo houve alguma fraude. Trataram os alunos do Christus de forma diferenciada”, afirmou o presidente da comissão da OAB-CE, Edmir Pereira Martins. Além do MPF do Ceará, a Defensoria Pública da União (DPU) vai fazer recomendação hoje ao Inep.

 

O instituto terá prazo de 10 dias para acatar as ações, que pedem pela anulação das questões vazadas para todos os estudantes do país, ou a anulação do Enem 2011. Segundo o titular do Ofício de Direitos Humanos e Tutela Coletiva, o defensor público federal Ricardo Salviano, a medida adotada pelo MEC é injusta.
 

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