Meta no ensino já não é garantir matrículas

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Houve aumento no número delas, mas ainda há problemas de aprendizado  
 
O principal desafio do Brasil na educação não é mais garantir a matrícula escolar e sim melhorar a qualidade do ensino. “Estamos satisfeitos com o volume de matrículas, que atinge mais de 96% no nível fundamental. Mas ainda não se trata de uma inclusão real, que significa garantir também a aprendizagem“, afirma Maria José Ferez, secretária da Educação Fundamental do Ministério da Educação e Cultura (MEC), apoiada em estudos que apontam as dificuldades dos estudantes em realizar leituras e operações matemáticas.  
 
A inversão desse quadro, de acordo com a secretária, passa pela adoção de programas de valorização e formação de professores e estímulo aos alunos.  
 
Programas já existentes, como o Bolsa-Escola, também serão ampliados e devem permitir que até 2005 todas as crianças com mais de 6 anos estejam freqüentando as salas de aula.  
 
Em 2006, assegura Maria José, será possível zerar também o déficit de vagas na rede de educação infantil para os maiores de 4 anos, desde que haja cooperação entre os vários níveis de governo. “União, Estados e municípios precisam dividir as responsabilidades“, diz. “A educação é o grande motor do desenvolvimento de qualquer sociedade.“  
 
Professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e colaborador da ONG Ação Educativa, Elie Ghanem também defende as ações integradas como forma de melhorar a qualidade e ampliar o alcance do ensino.  
 
“Muitas vezes o problema não é falta de escola e sim a falta de recursos para freqüentá-la“, diz. “É preciso combinar a oferta educativa com políticas sociais, culturais e ambientais.“  
 
Mulheres – Em relação à alfabetização, homens e mulheres estão em pé de igualdade no Brasil, mas quanto ao acesso ao ensino superior, o sexo feminino leva vantagem. Elas são maioria nas universidades, mas os salários não correspondem a essa supremacia e costumam ser até 31% menores que os pagos a homens em funções idênticas. A desproporção também ocorre na política: apesar de representarem 51% do eleitorado, elas ocupam apenas 8% dos cargos eletivos.  
 
Os resultados aparecem no último levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e, segundo a representante da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, Marlize Fernandes, indicam que o País ainda tem uma grande dívida para com as mulheres. “Estamos desenvolvendo uma série de programas em conjunto com outros ministérios na tentativa de reverter esse quadro“, diz Marlize

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