Um dos segmentos editoriais que sofrem mudanças há mais tempo por causa da tecnologia é o de dicionários.
Em uma mesa-redonda discreta em um canto do pavilhão das editoras didáticas da Feira de Frankfurt, que reuniu o presidente da Merriam-Webster, John Morse, e ainda o vice-presidente da China Education Publishing, Yu Chunchi, e John Shelstad, da Flat World Knowladge, a transição para a era digital foi o assunto em destaque.
O presidente Merriam-Webster, empresa que imprime dicionários há 150 anos e publica na internet há 15, deu algumas dicas para quem ainda está passando por isso. Ele sugeriu focar objetivos em longo prazo e reservar recursos e tempo para alcançá-los, humanizar o produto, promover a participação do usuário, responder todos os e-mails enviados pelos usuários, colocar os editores para dar dicas e para responder perguntas em vídeo que serão disponibilizados no site e, sobretudo, contextualizar o conteúdo. “Conteúdo está perdendo valor.
Conteúdo contextualizado está ganhando valor”, ponderou. Levou 10 anos até que a editora ganhasse dinheiro com a versão on-line de seu dicionário, e um todo fatores que a ajudaram a sair bem-sucedida da história foi ter escolhido ser apenas um dicionário apesar das tentações tecnológicas e modismos.