“Estamos aquém do objetivo, mas cumprindo as metas”, afirma Haddad

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O ministro esteve na abertura do evento na manhã da ultima quarta-feira,(17), no Teatro Positivo, e falou para mais de 2,4 mil participantes. Ele resgatou pontos importantes da história da educação no país e ressaltou alguns dos principais desafios do setor para os próximos anos.

 

“Estamos muito aquém dos nossos objetivos, mas cumprindo as metas. Se mantivermos o ritmo, chegaremos ao final da década com resultados interessantes.

 

Há vários exemplos no Paraná que estão servindo de exemplo para o país.” A afirmação de Fernando Haddad, ministro da Educação, foi feita durante a entrevista coletiva concedida no Sala Mundo 2011, evento que reúne grandes nomes do Brasil e do exterior para debater temas ligados à educação.

 

“Nosso país está vivendo uma época de mudança e penso que esse evento, com o auditório lotado, é uma sinalização importante de que o tema interessa aos brasileiros. Se olharmos a fotografia da educação, vemos que a área ainda apresenta muitos problemas. Mas o filme da  educação no país nos mostra que houve melhorias”, afirmou.

 

Segundo Haddad, o século 20 foi marcado pelo subfinanciamento público em educação. “A Constituição de 88 transformou a educação dos 7 aos 14 anos em direito público subjetivo (a frequência escolar das crianças nessa faixa etária passou a ser obrigatória). Com isso, conseguimos universalizar o acesso dos estudantes nessa etapa. Mas em 1994, aprovamos a Emenda Constitucional que incluiu a educação na Desvinculação das Receitas da União (DRU).

 

A DRU diminuiu os recursos destinados ao setor”, afirmou. “Como combinar mais matrículas com menos verba? O resultado foi que diminuímos os investimentos por aluno”, disse o ministro. Segundo Haddad, o resultado da falta de recursos veio em 2000, quando o Brasil ficou em último lugar no Pisa (Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes),   entre aproximadamente 40 países analisados. Na avaliação do ministro, apesar da dívida história com a educação, o Brasil conseguiu promover uma evolução na área na última década.

 

“O Brasil superou o desempenho médio dos argentinos no Pisa. O país passou por uma grande evolução, que só pode ser comparada à do Chile”, disse. Para Haddad, as melhores notas na avaliação internacional podem ser explicadas, em parte, pelo sistema oficial de avaliação criado pelo MEC, composto por um exame (Prova Brasil) aplicado aos estudantes do ensino fundamental das escolas públicas.

 

“Nosso objetivo não é promover uma comparação entre escolas, mas da escola com ela mesma. Estabelecemos metas para cada instituição, até porque elas atendem a públicos muito diferentes.” Para Haddad, há um círculo vicioso que se iniciou e que vai se propagar até chegar ao ensino médio, onde está hoje o grande gargalo da educação no país.

 

 

“Brasil tem dívida histórica com a educação”

Gazeta do Povo – Marcela Campos

 
Cerca de 2,4 mil pessoas participaram na manhã desta quarta-feira (17) do encontro internacional de educação Sala Mundo 2011, realizado pelo Grupo Positivo e pela Prefeitura de Curitiba com promoção da Gazeta do Povo.

 

Durante a abertura do evento, realizado no Teatro Positivo, o ministro da educação, Fernando Haddad, resgatou pontos importantes da história da educação no país e ressaltou alguns dos principais desafios do setor para os próximos anos.

 

“Nosso país está vivendo uma época de mudança e penso que esse evento, com o auditório lotado, é uma sinalização importante de que o tema interessa aos brasileiros. Se olharmos a fotografia da educação, vemos que a área ainda apresenta muitos problemas. Mas o filme da educação no país nos mostra que houve melhorias”, afirmou.

 

Segundo Haddad, o século 20 foi marcado pelo subfinanciamento público em  educação. “A Constituição de 88 transformou a educação dos 7 aos 14 anos em direito público subjetivo (a frequência escolar das crianças nessa faixa etária passou a ser obrigatória). Com isso, conseguimos universalizar o acesso dos estudantes nessa etapa. Mas em 1994, aprovamos a Emenda Constitucional que incluiu a educação na Desvinculação das Receitas da União (DRU). A DRU diminuiu os recursos destinados ao setor”, afirmou.

 

“Como combinar mais matrículas com menos verba? O resultado foi que diminuímos os investimentos por aluno”, disse o ministro. Segundo Haddad, o resultado da falta de recursos veio em 2000, quando o Brasil ficou em último lugar no Pisa (Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes), entre aproximadamente 40 países analisados.  Na avaliação do ministro, apesar da dívida história com a educação, o Brasil conseguiu promover uma evolução na área na última década.

 

“O Brasil superou o desempenho médio dos argentinos no Pisa. O país passou por uma grande evolução, que só pode ser comparada à do Chile”, disse. Para Haddad, as melhores notas na avaliação internacional podem ser explicadas, em parte, pelo sistema oficial de avaliação criado pelo MEC, composto por um exame (Prova Brasil) aplicado aos estudantes do ensino fundamental das escolas públicas.

 

“Nosso objetivo não é promover uma comparação entre escolas, mas da escola com ela mesma. Estabelecemos metas para cada instituição, até porque elas atendem a públicos muito diferentes.” Para Haddad, há um círculo vicioso que se iniciou e que vai se propagar até chegar ao ensino médio, onde está hoje o grande gargalo da educação no país.

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