200 milhões de livros didáticos no Brasil

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Em volume, Programa da Fundação Nacional do Desenvolvimento da Educação, do Ministério da Educação, sustenta 75% do segmento didático.

 

O mercado editorial de livros escolares tem a previsão de faturar R$ 2,5 bilhões neste ano, R$ 500 milhões a mais do que o alcançado em 2010. O otimismo está relacionado ao avanço dos programas governamentais de distribuição de livros para o ensino público. De um mercado de 200 milhões de livros destinados ao segmento, 150 milhões, por ano, são comprados pelo governo.

 

Jorge Yunes, presidente da Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), destaca que o avanço do faturamento se concretiza em um momento de queda nos preços das publicações.

 

Desde 2004, quando o setor obteve do governo a desoneração do Programa de Integração Social  (Pis) e da Contribuição para o Financiamento Social (Cofins), a contrapartida exigida pelo benefício fiscal foi a redução dos preços dos livros.

 
“O panorama é positivo para este ano. Os programas governamentais para o ensino médio nos deram grande impulso. Além disso, neste ano serão também implantados programas de distribuição de dicionários que trazem as regras da reforma ortográfica”, diz o editor.

 

Desde 2005, o governo federal tem comprado livros também para o ensino médio. Essas publicações engordam consideravelmente o faturamento das editoras de publicações escolares. Enquanto um livro para o ensino fundamental é vendido, em média, para o governo, por R$ 6, um livro do ensino médio custa R$ 10.

 

“Neste ano serão também implantados programas de distribuição de dicionários que trazem as regras da reforma ortográfica”, disse Jorge Yunes, presidente da Abrelivros.

 

Mas esses números tendem a se estabilizar a partir de agora. Segundo Rafael Torino, diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação (MEC), o objetivo de levar livros para as escolas públicas de todo o País foi atingida neste ano. “Devemos estabilizar as compras nos 150 milhões de exemplares, é o nosso nível de cruzeiro”, diz .

 

O próximo passo, de acordo com o diretor do FNDE, será implementar conteúdos digitais nas escolas públicas, um processo que, segundo Torino, começará entre dois e três anos.

 

Pela proposta do governo o conteúdo digital será introduzido paulatinamente nas instituições de ensino. “Hoje temos livros didáticos de 700 páginas. Queremos condensar o conteúdo universal desses livros em poucas páginas de papel, e abrir os conteúdos específicos para o meio digital”, diz Torino.

 

Investimentos – Segundo Yunes, da Abrelivros, a introdução do conteúdo digital ainda é muito experimental, mas será imprescindível. “Os investimentos nesse campo acontecem gradualmente. A partir do momento em que uma editora investe, as outras também o fazem para não ficar para trás. É assim que tem acontecido.”

 

A fatia de livros escolares representa 51% do mercado editorial brasileiro.
 

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