Movimento Todos pela Educação estabelece cinco bandeiras para a área

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O movimento Todos pela Educação lançou nesta quarta-feira (01/12) cinco bandeiras para a educação no país, com o objetivo de ajudar a cumprir até 2022 as cinco metas de qualidade que já tinham sido estabelecidas pela ONG.


  

As bandeiras são a adoção de currículo nas escolas, a valorização do professor (tanto com melhora na carreira quanto com melhor formação), a responsabilização dos gestores, avaliação educacional que leve às escolas mais informações sobre sua situação, e melhores condições dentro da sala de aula, com melhoria na estrutura física e mais tempo de aula para os alunos.

 

Formado principalmente por empresários, o grupo destacou hoje que essas bandeiras devem acelerar o atendimento de metas de qualidade estabelecidas em 2006, quando o movimento começou.

 

As metas que devem ser cumpridas são: toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola, toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos, todo aluno com aprendizado adequado à sua série, todo jovem com ensino médio concluído até os 19 anos e investimento em educação ampliado e bem gerido.

 

 

 

 

Educação básica só terá nível adequado em 2050, diz ONG

Folha de São Paulo – Fábio Takahashi

Estudo, divulgado ontem em SP, é do movimento Todos pela Educação. Meta do movimento é que 70% dos alunos tenham nível adequado de conhecimentos para suas séries até 2022. 
 
Mantido o atual ritmo de melhora, a educação básica brasileira- do primeiro ano do ensino fundamental ao terceiro do ensino médio- atingirá um nível de qualidade considerado adequado apenas daqui a 40 anos.

A projeção é apontada por estudo divulgado ontem pela ONG Todos pela Educação. O movimento (formado por empresários, educadores e gestores) fixou como meta para 2022 que 70% dos estudantes tenham conhecimento adequado para a sua série, segundo avaliações federais (Prova Brasil e Saeb).

 

Pelas projeções dos técnicos, o patamar será atingido apenas em 2050, caso a velocidade de melhoria não aumente. Atualmente, o melhor desempenho aparece no quinto ano do ensino fundamental, em português, no qual 34,2% dos alunos alcançaram a nota esperada. O movimento defende cinco ações para que os 
 objetivos sejam alcançados no tempo esperado. São elas: 1) implementação de currículo nacional (hoje há só diretrizes gerais); 2) valorização do professor (com melhores salários e formação); 3) penalização de gestores que não cumprirem normas ou metas da área; 4) avaliações de aprendizagem com mais informações às escolas; 5) melhores condições dentro da sala de aula. De positivo, o movimento aponta o aumento do investimento na educação básica e a expansão de matrículas de crianças de baixa renda.

 

OTIMISMO

 

Presente ao evento, em São Paulo, a secretária da Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar, afirmou que ficou “otimista” com os dados. “Temos mais brasileiros na escola, vamos atingir a meta de matricular todas as crianças de 4 a 17 anos e há melhora em português”, disse a secretária.

 

“Mas, diante do tamanho do desafio, estamos apenas começando.” Para Pilar, porém, um grande salto na qualidade do ensino depende da melhoria na distribuição de renda.“As crianças [pobres] têm muitas dificuldades. A escola é importante, mas sozinha não consegue [o avanço].”

 

Para o pesquisador Simon Schwartzmann, é preciso que o aumento do investimento na educação seja maior, para ampliar o números de escolas em tempo integral e melhorar os salários do magistério, para atrair jovens mais bem preparados.

 

A secretária afirmou que em 2010 o programa federal de implementação de escolas em ensino integral beneficiou 10 mil escolas e, em 2011, chegará a 27 mil. O movimento anunciou que prepara para o ano que vem um exame, amostral, para alunos do segundo ano do fundamental, cujos dados poderão ser divulgados. Hoje, o MEC possui uma prova não obrigatória, mas só as escolas conhecem os desempenhos.
 

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