Sete coisas digitais que todo editor deve fazer

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A revolução digital assusta. Ela está acontecendo em uma velocidade incrível e vai afetar vários aspectos do mercado editorial. É natural, portanto, que todos estejamos um pouco apreensivos. No entanto, a pior atitude seria ficar só olhando o futuro digital chegar sem fazer nada. Pensando nisso, aqui estão sete coisas que todo editor tem de fazer.

 

1. Começar hoje

É isto mesmo. Chega de discutir, de argumentar que o e-book vai demorar ou que vai acabar com o livro em papel. Seja qual for o futuro, próximo ou longínquo, o e-book fará parte dele. Por isso, quanto antes se começar melhor. É claro que não estou dizendo para fazer loucuras ou abandonar o negócio de papel. O que estou sugerindo é que todo editor já deveria começar a fazer experimentações com o formato digital, preparando seus livros ou publicando alguma obra em e-book. Como é um processo relativamente barato – sem estoque, lembra? –, vale a pena começar a brincar.

 

2. Evitar contratos de exclusividade ou muito longos
A verdade é que hoje há mais dúvidas que respostas. Mais dilemas que soluções. Por isso mesmo, ninguém deve aceitar contratos de exclusividade ou que amarrem a empresa por mais de dois anos. As mudanças têm sido tão rápidas que, em 24 meses, tudo pode estar diferente.

 

3. Repensar descontos comerciais
A composição do cuto do livro digital é bastante diferente de um livro físico. A eliminação de despesas de impressão, logística e estoque terá influência direta não só sobre o preço mas sobre todas as relações comerciais da cadeia do livro. O livro digital, portanto, traz possibilidades de se renegociar descontos e de se repensar todo o modelo comercial. Os direitos autorais, por exemplo, estão caminhando na direção de 25% do preço líquido, fugindo dos tradicionais 10% do preço de capa. Os descontos comerciais também poderão ter alterações expressivas.

 

4. Focar o futuro
O livro digital vai permitir que um livro seja eterno. Mais do que isso, catálogos esgotados poderão ser recuperados e voltar a serem comercializados. Mas tudo isto tem um custo alto. Entre renegociação de direitos autorais e digitalização, há um valor ainda não equacionado pelo modelo digital para permitir que este sonho de Alexandria aconteça. Enquanto isso não acontece, é muito mais prático, simples e barato garantir que os novos lançamentos já estejam preparados para o futuro digital. Ou seja, que seus contrato já permitam a edição digital, que os arquivos digitais tenham sido criados durante a diagramação etc. Com honrosas exceções, os lançamentos têm muito mais chance de sucesso do que os livros esgotados do catálogo, seja em papel ou em pixels.

 

5. Manter-se na essência editorial
A revolução digital afetará principalmente a impressão, a logística e a distribuição do livro. O verdadeiro papel da editora – descobrir, lapidar e promover conteúdo – será afetado apenas marginalmente. Se sua editora sempre focou nisso, você não tem muito com o que se preocupar. Se sua editora virou uma “distribuidora” de livros e tem dado pouca atenção ao processo editorial, então é hora de rever seus conceitos.

 

6. Aproveitar a oportunidade digital
Qualquer mudança ou revolução tecnológica é uma grande oportunidade. Abrem-se possibilidades para novos modelos, novas idéias e novos negócios. Esta é a melhor forma de abordar o futuro digital do livro. A pior forma é tentar se defender, ver as mudanças apenas pelo lado negativo e tentar combatê-las. Tão ruim quanto esta atitude é entrar no negócio do livro digital apenas para atrasá-lo, de forma defensiva, procurando apenas defender o negócio do papel. Esta estratégia é arriscadíssima e, mais cedo ou mais tarde, alguém que encarou a onda digital como uma oportunidade vai superar quem agir assim.

 

7. Comprar um e-reader
Afinal não dá para discutir o que não conhecemos…

 

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