Estado deve ter estrutura própria para aplicar Enem, defende novo presidente do Inep

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O novo presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Joaquim Soares Neto afirma que o Estado deve ter uma estrutura própria para aplicar a maior avaliação pública do país, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

 

Ele afirmou que seu trabalho terá como foco a segurança e disse que espera contar com a participação da Polícia Federal e dos Correios, como ocorreu na última edição do exame, realizada nos dias 5 e 6 de dezembro. No início de outubro, às vésperas da aplicação do Enem, o MEC (Ministério da Educação) cancelou o exame por causa do roubo das provas na gráfica que imprimia o material.

 

“Vou focar na segurança e na estrutura do exame. O que o Estado brasileiro não pode é não ter uma estrutura adequada para isso”, afirmou Neto. “A entrada da Polícia Federal no último exame trouxe muita segurança, além dos Correios, especializados em logística de distribuição, que foram fundamentais, fazendo 3.000 rotas de distribuição simultaneamente em todo o país.”

 

Neto disse que trabalha com avaliação educacional desde a década de 1990 e tem contato com as ações desenvolvidas pelo Inep há muito tempo. Ele ressaltou o objetivo da criação do instituto, em 1937, para obter informações ligadas ao sistema educacional do país e tomar decisões estratégicas para o seu aperfeiçoamento, e reforçou a importância do Enem neste sentido.

 

“O Enem está na base do futuro do país, é a base da democratização da inteligência e das vagas públicas para o jovem inteligente e, do ponto de vista de sua estrutura, o Inep vai fazer tudo o que for necessário para isso”, afirmou.

 

O novo presidente do Inep  concordou com a avaliação do ministro da Educação, Fernando Haddad, de que os concursos públicos estão vivendo um problema grave, com várias ocorrências de fraudes. Para Neto, um processo licitatório que envolva a escolha das entidades responsáveis pela aplicação de provas como o Enem ou de outro concurso público não pode levar em conta apenas o preço.

 

“Uma instituição que não tem estrutura e tem o preço lá embaixo, vai economizar em quê? Em segurança?”, questionou Neto, reforçando a intenção do governo de ter um sistema próprio para realização do Enem. “A estrutura dos concursos públicos tiveram problemas e muitos deles na área de segurança. Segurança exige investimento em segurança e experiência em segurança. É preciso ter uma estrutura para isso.”
 

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