Feira tem edição “econômica”

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Por mais que os organizadores tentem aparentar normalidade, é senso comum que a 61ª Feira do Livro de Frankfurt está mais econômica e modesta por conta dos efeitos da crise. As delegações internacionais estão enxutas, a oferta de títulos para editores diminuiu e o circuito “social” encolheu. Os dados oficiais indicam retração modesta.

Segundo Roberto Feith, da Objetiva, com a retração vão sofrer mais os títulos “midlist”, aqueles que vendem bem, “mas não o suficiente para fazer o ano de uma editora”. Luciana Villas-Boas, diretora-editorial da Record, concorda que os títulos intermediários serão os mais afetados. Entre os best-sellers, no entanto, o mercado continua aquecido. O “título da feira” é a coletânea de diários, notas e cartas de Nelson Mandela. Outro título que está sendo muito comentado é uma “graphic novel” de Michael Jackson. Para Paulo Rocco, da editora Rocco, a disputa pelos best-sellers continua, ainda que a média dos preços negociados tenha caído.

O livro de Mandela já provoca corrida entre editores brasileiros, que tiveram nos últimos meses disputas ousadas por best-sellers. O maior exemplo é o leilão que movimentou as editoras na semana passada, a trilogia A Discovery of Witches, de Deborah Harkness, que deve sair em 2011. A Rocco venceu a disputa e pagou cerca de US$ 165 mil pelos direitos de publicação do primeiro volume. É uma cifra elevada, mesmo comparando com o US$ 1 milhão negociado para o mercado americano.

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