Encontro discute extensão do ensino fundamental brasileiro

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A Abrelivos sediou na tarde de sábado, 12 de setembro, às 15h, no estande localizado no Pavilhão 2, Laranja, o terceiro encontro na XIV Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Participaram do evento Edna Martins Borges, coordenadora geral do Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (SEB/MEC) e a professora Cláudia Costin, secretária municipal de Educação do Rio de Janeiro.

 

Mediadas pelo conselheiro fiscal da Abrelivros, Vicente Paz, Borges e Costin falaram cerca de1h e 30m sobre o tema “Ensino fundamental de nove anos – Quais as vantagens eos desafios da extensão do ensino fundamental brasileiro?”.

 

Borges destacou a medida dizendo que “é uma expansão do direito a crianças pobres à educação”. A ampliação, segundo ela, melhora a qualidade da educação básica e cria uma nova estrutura no ensino fundamental, o que faz com que os alunos prossigam nos estudos e tenham mais tempo para a alfabetização e o letramento, alcançando maior nível de escolaridade.

A coordenadora do SEB também lembrou a lei 11.274, de 2006, que fala de elementos como a implementação da alfabetização nos três anos iniciais, comprovada através da “Provinha Brasil” e o prazo de todos os estados para a adequação até 2010. Segundo levantamento do Educacenso de 2008, 84,4% dos municípios brasileiros já implementaram o Ensino Fundamental de 9 anos. 

O MEC, que vem publicando livros com orientações pedagógicas para o Ensino Fundamental de Nove anos, promoveu 25 reuniões técnicas no primeiro semestre de 2009 com municípios que não fizeram a ampliação. Estão previstos outros encontros até ofinal do ano. Em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Federal de Pernambuco, a instituição prevê para fevereiro a publicação de outros dois documentos.

 

Já Cláudia Costin, que trabalha com política educacional há seis anos, falou sobre as avaliações da prática pedagógica e também citou a “Prova Brasil”, que produz um relatório sobre o desempenho dos alunos. “Apesar dos avanços conquistados, o Brasil passou a avaliar o aprendizado nas escolas, o que permitiu ver a real situação da qualidade da educação. É necessário que a criança saia da escola com senso crítico” – declarou.

 

Em 2000, segundo Costin, o tempo de escolaridade no Brasil era de 4,7 anos e em 2009 aumentou para 7,4. Porém, a professora retratou que a situação do analfabetismo funcional que em alguns estados está entre 45% e 50%. “No município do Rio de Janeiro, há cerca de 28 mil jovens da 4ª a 6ª série que são considerados analfabetos funcionais, o que corresponde a 14% dos alunos desta faixa etária” – destacou.

 

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