O presidente Lula assina, semana que vem, em São Paulo, o projeto de lei que institui o vale-cultura. É um dinheirão: a projeção é de que sejam injetados no mercado cultural R$ 7 bilhões por ano, cinco vezes mais do que a Lei Rouanet.
Uma parte disso vai, certamente, para a compra de livros. A medida pode beneficiar 14 milhões de trabalhadores com um tíquete mensal de R$ 50,00.
Mas ainda precisa da aprovação do Congresso.
Uma revolução cultural
Dando tudo certo, a implantação do tíquete deve promover uma pequena revolução no consumo cultural do País.
Na segunda-feira, o governo deve matar a curiosidade de editores e livreiros e anunciar detalhes de como a coisa vai funcionar. O que se sabe é que cada um vai pagar uma parte: para cada vale-cultura, o governo entra com R$ 15 (dinheiro de renúncia fiscal); as empresas com mais R$ 25,00; e os trabalhadores com outros R$ 10,00.