Encontro nacional dos programas do livro tem início no Rio de Janeiro

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Transformar a vida por meio da educação é uma realidade para Ana Cristina Carvalho, técnica da Secretaria Estadual de Educação da Bahia. Com um percurso acadêmico trilhado essencialmente na rede pública de Salvador – que envolveu ensino fundamental e médio, além do curso superior em Biblioteconomia na universidade federal do estado –, ela destaca o poder da leitura ao comentar sua participação no 12º Encontro Técnico Nacional dos Programas do Livro, evento promovido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na cidade do Rio de Janeiro até o próximo dia 30 (veja programação). “Sempre quis participar deste encontro”, afirma Ana Cristina. “Agora que consegui, pretendo colher o máximo de informações e, também, expor minhas experiências.”  
 
À frente de um projeto de revitalização de bibliotecas escolares no estado, iniciativa que, acredita, lhe valeu o convite para a capacitação no Rio, Ana Cristina sabe mensurar como ninguém o valor do acesso a obras literárias. “Os programas do livro, atualmente executados pelo FNDE, são maravilhosos”. Quando criança, o único livro que ela tinha em casa era o didático. Mesmo assim, apenas quando conseguia emprestado de algum colega de turma. “Em cada texto lido, descobria um universo novo, riquíssimo em possibilidades”, declara.  
 
Abertura – A contribuição de profissionais da educação como Ana Cristina é fundamental para o sucesso do encontro técnico, segundo o presidente do FNDE, Daniel Balaban. Em seu discurso de abertura, na noite do dia 27, ele ressaltou o formato único dos programas do livro no mundo. “Tudo isso só é possível graças a momentos como esse, em que discutimos ações diretamente com quem está em sala de aula”, disse Balaban. Para ele, o desafio que se coloca agora é como aprimorar o processo de ensino-aprendizagem. “Oferecer ensino de qualidade apenas com livros não é mais suficiente. Precisamos debater quais outros materiais didáticos devemos dispor aos alunos.”  
 
Os palestrantes desta terça-feira, 28, abordaram questões como as políticas do livro didático para a educação básica, o ensino especial e a educação de jovens e adultos, além de uma explicação sobre o funcionamento do Censo Escolar, base para a distribuição dos livros às escolas.  
 
Com aproximadamente 14 milhões de analfabetos acima dos 15 anos de idade e outros 15 milhões com até três anos de estudo (os chamados analfabetos funcionais), o Brasil possui alta demanda para a educação de jovens e adultos, apesar dos crescentes investimentos na área. Para atrair esse público à escola e mantê-lo estudando, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação tem dispensado especial atenção ao conteúdo do material didático. “Ainda vemos inadequação na linguagem para esse público diferenciado”, afirma o diretor de políticas de educação de jovens e adultos da Secad, Jorge Teles, para quem conteúdos infantis “afastam essas pessoas da escola”.  
 

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