Encontro discute novo Enem e mudanças no currículo

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O Fórum dos Coordenadores Estaduais do Ensino Médio e a Secretaria da Educação Básica do Ministério da Educação discutem, na próxima semana, o novo Enem e mudanças no currículo do ensino médio. A reunião será em Brasília, nos dias 26 e 27. 
 
No encontro com os integrantes do fórum, explica Maria Eveline Villar Queiroz, coordenadora-geral do ensino médio, o MEC vai apresentar o Ensino Médio Inovador, que é um programa de apoio técnico e financeiro oferecido às redes estaduais que desejam melhorar a qualidade do ensino. Para receber o apoio, diz a coordenadora, o estado precisa aderir e apresentar um projeto. 
 
Entre as inovações que o Ministério da Educação sugere estão a ampliação da carga horária dos três anos do ensino médio para três mil horas (hoje são 2.400 horas); a leitura como elemento central e básico em todas as disciplinas; estudo da teoria aplicada à prática; fomento às atividades culturais; professor com dedicação exclusiva. 
 
Colocar a leitura no centro do currículo, segundo Maria Eveline, tem o objetivo de preparar o cidadão para ter êxito tanto nos estudos como na vida. Às vezes, a dificuldade do estudante não está no conteúdo da disciplina, mas na forma de ler e de interpretar os códigos, diz a coordenadora. “A leitura dá autonomia no aprendizado, na escola, na universidade e no mundo do trabalho.” O programa também quer oferecer uma escola mais atrativa para o aluno e, assim, reduzir os índices de abandono. 
 
O diretor de avaliação da educação básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Heliton Ribeiro Tavares, vai apresentar o novo Exame Nacional do Ensino Médio, proposto pelo MEC. Os modelos de provas, o número de questões, a segurança da aplicação, o calendário. No mesmo encontro, o fórum vai saber do andamento do debate sobre a revisão das diretrizes curriculares do ensino médio. Esse tema será abordado pelos consultores Antônio Flávio Barbosa, da PUC-RJ, e Alfredo Veiga Neto, da UFRGS. 
 
Estatísticas – Dados do documento sobre o programa Ensino Médio Inovador, extraídos da Pesquisa Nacional de Amostragem de Domicílio (Pnad 2006), indicam que dos 10,4 milhões de brasileiros de 15 a 17 anos, mais de 50% não estavam matriculados no ensino médio naquele ano. A mesma Pnad revela que o acesso ao ensino médio é desigual entre grupos da população: apenas 24% de jovens na faixa etária de 15 a 17 anos, dos 20% mais pobres, estão no ensino médio, enquanto que entre os ricos o índice é de 76,3%. 
 
Quando o ensino médio é analisado por região, a Pnad também retrata desigualdades. No Sudeste, 73,3% dos jovens na faixa de 15 a 17 anos estão no ensino médio, mas no Nordeste, esse índice cai para 33,1%. A Secretaria da Educação Básica também buscou na pesquisa Juventude e Políticas Sociais no Brasil, realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2005, dados para traçar outro quadro que oferece aos integrantes do fórum: naquele ano, 34% dos jovens de 15 a 17 anos ainda estavam no ensino fundamental; 17% dos jovens nessa faixa etária não estudavam; e na faixa de 18 a 24 anos, 66% não estudavam. Os motivos da evasão, diz a pesquisa, se concentram em duas situações: 42,2% dos homens deixam a escola para trabalhar, e 21,1% das mulheres, por causa de gravidez. 
 

MEC agora estuda reduzir número de questões do Enem deste ano
Folha de S.Paulo, em Brasília

O Inep (instituto ligado ao MEC) pode reduzir o número de questões do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano de 200 para 160 ou 180, pois reitores das universidades federais temem que a prova, como prevista, seja muito longa.

O formato tem de ser aprovado pelo comitê do exame, que se reúne dia 29.

Reynaldo Fernandes, presidente do Inep, diz que é possível fazer a prova com 40 a 45 questões por área, em vez de 50.

Universidades

Ao menos 19 das 55 universidades federais vão substituir o vestibular pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ainda neste ano para todas as suas vagas ou parte delas.

A decisão não impede que sejam reservadas vagas para ações afirmativas ou mesmo que parte dos alunos continue sendo selecionada pelo vestibular tradicional. É o caso da Unifesp. Dos 26 cursos oferecidos, 19 selecionarão unicamente pelo Enem. Para o restante, haverá uma segunda fase.

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