Grande festa literária

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Em sua segunda edição, o Festival da Mantiqueira – Diálogos com a literatura se consolida como uma grande festa dos livros no cenário nacional dos festivais literários. Nos últimos três dias de maio, 29 a 31, o evento aconteceu na charmosa São Francisco Xavier, ao pé da Mantiqueira, em São Paulo, reunindo grandes nomes da literatura brasileira.

O evento também contou com a primeira participação internacional: o português Miguel Souza Tavares, que perguntado disse ser contra o Acordo Ortográfico, pois “quer acabar com as diferenças que são marcas de cada cultura; e as culturas são belas e devem ser preservadas como são.”

No sábado, os encontros com os dez finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura 2008 – os cinco melhores e os cinco melhores estreantes – foram cativantes. Interessante a preocupação dos estreantes – mais novos – com a falta de “silêncio” e a necessidade de reflexão no dia a dia; revelaram-se bons pensadores, além de já reconhecidos grandes escritores.

Luis Fernando Veríssimo, depois de uma mesa brilhante com Luiz Alfredo Garcia-Roza e Flávio Carneiro discutindo Edgar Alan Poe, foi “obrigado” a fazer duas apresentações com o seu grupo Jazz 6, já que a casa não comportava o grande número de fãs ansiosos por ouvi-lo. Na mesma noite de sábado, Marina de La Riva – “meio cubana, meio brasileira” como se autodefine – cantou, dançou e fez o público dançar no gramado da cidade. Mais de três mil pessoas lotaram São Francisco nos três dias de Festival, que além dos debates contou com oficinas especiais para professores e para alunos da rede pública e particular.

Respondendo ao secretário estadual da cultura, João Sayad, sobre como os autores se sentiam no papel de “pop star”, Cristóvão Tezza considerou que “o livro tem que ir ao palco. Estou gostando da ideia de ser pop star; as pessoas gostam dos escritores”. Mas Beatriz Bracher ressaltou um equilíbrio importante. “Para a literatura, essa megaexposição pode ser positiva se for um meio para chegar a algum lugar, para levar essa arte ao grande público, mas não pode ser um fim.” O balanço final que posso fazer do Festival da Mantiqueira é que a organização está no caminho certo e a literatura e os leitores mais uma vez foram os grandes beneficiados. Pode começar a preparar a edição 2010!  

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