País está empenhado em melhorar o acesso e a qualidade da educação, reafirma Haddad

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Ao receber na quarta-feira, 30 de abril, o relatório de monitoramento da Educação para Todos 2008, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que os dados já eram conhecidos pela sociedade brasileira e reafirmou que o país está empenhado em melhorar o acesso e a qualidade da educação em todos os níveis. O documento foi entregue pelo representante da Unesco no Brasil, Vicent Defourny.  
 
Segundo Haddad, o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, a Prova Brasil e as atualizações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) fazem uma radiografia anual da educação nacional e apontam caminhos na construção de políticas e programas. A solução da maioria dos problemas da educação brasileira, explicou, está em diminuir as desigualdades de oportunidades, ação que depende de um movimento dos governos, dos empresários e da sociedade. “Nosso desafio é construir uma política de Estado” que permita investir, agora e em longo prazo, na formação de professores, trazer e manter a criança e o jovem na escola e melhorar a qualidade da educação. 
 
Na apresentação do relatório, Defourny disse que ampliar o acesso à educação infantil é um dos principais desafios do Brasil. Segundo a Unesco, apenas 15% das crianças de zero a três anos estão matriculadas nas escolas. O representante da Unesco também destacou a repetência como um dos problemas que as autoridades da educação brasileira devem se preocupar. Segundo Defourny, 21% das crianças matriculadas de 1ª a 4ª série do ensino fundamental repetem o ano, dado que se assemelha aos observados na África subsaariana.  
 
O relatório da Unesco avalia a evolução do alcance de seis metas educacionais estabelecidas por 164 países na Conferência Mundial de Educação de Dakar, no Senegal, em 2000. A conferência estabeleceu o ano de 2015 para o cumprimento das metas. Na avaliação da Unesco, o Brasil está entre um grupo de 53 países que ocupam posição intermediária quanto ao alcance dos seis objetivos.  
 
Para avaliar as metas de Dakar, a Unesco criou o Índice de Desenvolvimento de Educação para Todos (IDE). Esse índice é composto por indicadores das taxas de freqüência escolar de crianças de sete a dez anos, de alfabetização de adultos, de alcance à 5ª série do ensino fundamental e índice de paridade de gênero. A Unesco concluiu que o Brasil tem um IDE de 0,901, o que o coloca na 76ª posição entre os 129 países que possuem estatísticas adequadas. O risco do Brasil, segundo a Unesco, está na possibilidade de não reduzir pela metade, até 2015, a taxa de analfabetismo e de não alcançar a paridade de gêneros na educação básica. O estudo completo e a análise de cada uma das seis metas estão na página da UNESCO
 
Até 2015 – Os países participantes da Conferência Mundial de Educação em Dakar se comprometeram a trabalhar para atingir seis metas até o ano de 2015: expandir e melhorar a educação e cuidados na primeira infância; assegurar o acesso de todas as crianças em idade escolar à educação primária completa, gratuita e de boa qualidade; ampliar as oportunidades de aprendizado dos jovens e adultos; melhorar em 50% as taxas de alfabetização de adultos; eliminar as disparidades entre gêneros na educação; e melhorar todos os aspectos da qualidade da educação. 
 

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