Escola Ativa capacitará formadores

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A maioria dos municípios brasileiros tem escolas em áreas rurais. Em muitas dessas escolas, o mesmo professor ensina a vários alunos de idades e séries diferentes, dentro da mesma sala de aula, nas chamadas classes multisseriadas. A fim de fortalecer o atendimento aos alunos do campo que aprendem a partir dessa metodologia, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) promove, de 5 a 9 de maio, no Conselho Nacional de Educação (CNE), em Brasília, a capacitação dos formadores do projeto Escola Ativa.  
 
Trata-se de um método específico de apoio às escolas rurais com classes multisseriadas, que atendem a alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental da rede pública. Por iniciativa do Ministério da Educação, o Escola Ativa é desenvolvido em parceria com estados e municípios das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e busca melhorar o ensino nas escolas do campo. Os 70 formadores transmitirão aos professores do projeto Escola Ativa a qualificação que receberem. 
 
“Mais de 80% dos municípios brasileiros têm escolas do campo”, afirma o diretor de educação para a diversidade da Secad, Armênio Bello Schimidt. Ele explica que, além de capacitar os formadores, o encontro também pretende reformular o Escola Ativa, para que o conteúdo ensinado aos alunos apresente uma relação mais estreita com a realidade do campo. “O material didático era único para todos os estados”, exemplifica. Segundo Schmidt, cada região do campo tem sua identidade e uma proposta metodológica mais flexível permitirá ao professor contemplar as especificidades de cada local.  
 
“Os povos do campo incluem agricultores, caiçaras, pesqueiros, quilombolas, indígenas, ribeirinhos, entre outros”, ressalta a diretora do projeto Escola Ativa, Sara Lima. Atualmente, os 19 estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste participam do projeto. São 6.215 escolas do campo, com 195 mil alunos em classes multisseriadas. A expectativa é que, a partir de 2009, estados de outras regiões que também tenham escolas em áreas rurais possam aderir ao projeto e que até 2010 o programa esteja presente em todos os estados. 
 
Também há metas de expansão anuais. Para 2008, a previsão é de estender o atendimento a novas 3,8 mil escolas e 107 mil alunos. Em 2009, a meta é que mais cinco estados participem do projeto e a metodologia chegue a cerca de 641 mil novos alunos. A intenção, até 2010, é que todos os estados tenham feito sua adesão ao projeto e que 1 milhão 372 mil estudantes tenham acesso à metodologia. 
 
Material Didático – A reformulação do Escola Ativa prevê a criação de novo material didático com especificidades do mundo do campo e distribuição a todas as escolas participantes até 2010. Em 2007, o projeto passou por avaliação de qualidade e foi discutido com os coordenadores dos 19 estados e dos municípios participantes. A partir das críticas e sugestões apontadas, a Universidade Federal do Pará foi encarregada de apresentar a nova proposta de material didático, com conteúdos do 1º ao 5º anos do ensino fundamental e ligados às especificidades do campo, até setembro de 2008. 
 
Escola Ativa – Criado em 1996, o programa foi desenvolvido até 2007 pelo Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola), sob a responsabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). Em 2008, a gestão passou para a Secad. A adesão de estados e municípios é voluntária.  
 

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