Ferreira Gullar e enciclopédia são os melhores do ano

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

“Para alguma coisa serve vivermos um pouco mais.“ Foi com esse bom humor que o escritor Ferreira Gullar, com seus cabelos brancos, recebeu o prêmio Livro do Ano na categoria Ficção ontem (31/10) no Prêmio Jabuti, pelo livro de crônicas Resmungos (Imprensa Oficial, 208 pp., R$65). Gullar também não esqueceu de agradecer a parceria com o ilustrador Antônio Henrique Amaral, que o acompanha há anos nas crônicas publicadas na Folha de S.Paulo.  
 
A segunda surpresa da noite, que aconteceu na Sala São Paulo, foi a entrega do Livro do Ano Não-Ficção para a enciclopédia Latinoamericana, publicada pela Boitempo Editorial (1.344 pp., R$190). Os organizadodes da obra, Ivana Jinkings, Emir Sader, Carlos Eduardo Martins e Rodrigo Nobile, fizeram a festa no palco do evento. “Esse prêmio revela a capacidade editorial desta pequena grande editora“, disse emocionado um dos organizadores.  
 
A presidente da organizadora do prêmio, a Câmara Brasileira do Livro, Roseli Boschini, recomendou: “Aproveitem a festa, nobres cavalheiros e damas do livro. A noite é de vocês.“ 
 
 

A festa  
PublishNews – Renata Sturm  
 
Assistir o público presente no Prêmio Jabuti, organizado pela Câmara Brasileira do Livro, é algo interessante. Isto porquê, mesmo que contenha a badalação de qualquer grande evento, seja do cinema ou do futebol, pouca gente sabe qual é o rosto dos escritores e profissionais premiados nas 20 categorias.  
 
É por isso mesmo que eventos como esses são importantes para dar visibilidade para o escritor que, na maior parte do ano, fica recluso em frente ao computador. “Espero pelo dia em que o livro ganhe a mesma atenção que um campeonato mundial de futebol“, disse o esperançoso vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman. O desejo é geral.  
 
O curador do Jabuti, José Luis Goldfarb, afirmou ontem (31/10) à noite que a realidade da literatura no Brasil está longe do ideal. “Mas estamos na estrada correta.“ Para Goldfarb, o Jabuti – diferente de prêmios como o Portugal Telecom – deve continuar premiando exclusivamente escritores no Brasil. “Afinal, o Jabuti é um símbolo brasileiro.“

Menu de acessibilidade