Grande maioria de editoras têm mulheres em posições de liderança

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Na primeira Pesquisa de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) do mercado editorial, promovida pelo SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livro) e realizada pela Wiabiliza, a representatividade começa a dar sinais de se tornar uma constante nas empresas do setor. O resultado do estudo, divulgado na quinta-feira 27 de junho, às 10h30 num evento on-line, mostra que as mulheres estão em cargos de liderança (líderes de grupos e times, gerentes e até diretoras) em 87% das editoras que responderam ao questionário.

Em 58%, uma pessoa LGBTQIA+ ocupa um cargo de liderança, o mesmo percentual de pessoas negras. Além disso, em 11% dessas organizações, pessoas indígenas ocupam cargos de liderança. Também em 11%, há lideranças PCD.

O presidente do SNEL, Dante Cid, fez questão de ressaltar como o setor do livro está engajado no processo de adotar a agenda DE&I. “Nesse estudo inicial, percebemos que a diversidade é uma realidade em grande parte das editoras”, comentou Dante. “Além de refletir a diversidade do mundo em que vivemos, essas organizações entendem que a pluralidade é sinal de saúde na organização, que tende a se refletir, ao fim, em melhores resultados econômicos.”

Esse primeiro levantamento teve a participação de 45 editoras de oito estados. A maioria (53%) de São Paulo, com o Rio de Janeiro em segundo lugar (27%) e Minas Gerais em terceiro (7%). Mais da metade (51%) das editoras afirmaram que atuam principalmente com Obras Gerais. Um pouco mais de um terço (36%) afirma que o faturamento chega até R$ 1 milhão, 13% disseram que faturam entre R$ 46 e 149,9 milhões, e 2% afirmaram que o faturamento passa de R$ 1 bilhão. Quarenta por cento têm até 9 funcionários, mas há empresas com mais 800 funcionários (2%) e entre 400 e 799 funcionários (2%), mostrando a amplitude do estudo.

Três em cada quatro representantes das empresas disseram que há o compromisso com a não discriminação e com a promoção da diversidade, equidade e inclusão na missão, visão e valores. Quase a totalidade (98%) disse que não há qualquer restrição quanto a gênero ou etarismo nas editoras em que trabalham. Os representantes das empresas mencionaram diversos aspectos considerados relevantes para o monitoramento e gestão em DE&I. Entre os mais citados estão a imagem da empresa, a busca por resultados positivos no negócio, a melhora nos índices de Clima Organizacional.

Mas nem todos os números são positivos. Quase metade dos participantes (44%) dizem que não consideram os riscos estratégicos, financeiros, regulatórios, operacionais ou reputacionais relacionados à diversidade e apenas 38% consideram os riscos – outros 18% não tem certeza. Também é baixa a priorização da representatividade quando o assunto são os terceirizados, com 80% dos entrevistados afirmando que a representatividade (negros, LGBTQIAPN+, PCD etc.) é nada ou pouco decisivo na hora de sua contratação.

De toda forma, contudo, em mais da metade dos participantes da pesquisa (60%), o compromisso da empresa com a agenda DE&I é comunicado a todos os seus stakeholders. A imensa maioria (87%) acredita que a implementação de políticas, ações inclusivas, treinamentos e uma transformação cultural em sua empresa proporcionam maiores e melhores resultados, sejam eles financeiros, como marca empregadora, ou mesmo diretamente no know how editorial.

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