Não deverá haver reajuste no preço de livros didáticos em janeiro. Pelo menos é o que afirma grande parte das editoras e livrarias ouvidas por O POVO desde a semana passada. De acordo com Francisco Gilmário de Assis, gerente geral da filial da FTD em Fortaleza, por exemplo, o aumento mais recente aconteceu no ano passado. “Nosso último reajuste foi no início de novembro, em torno de 5% em média. Não temos previsão de aumento agora“, informa.
Na Mundial, distribuidora das editoras Saraiva e Atual, o gerente comercial Renato Sampaio afirma que todos os anos as tabelas adotadas em janeiro para cada uma das editoras são as mesmas de dezembro do ano anterior. “(Os livros didáticos) sofreram reajuste no começo de dezembro, de 6%, 8%, 10%, no máximo. Alguns nem isso. Na Saraiva e na Atual não vai haver reajuste este mês, de maneira nenhuma“, garante.
Dina Pontes, diretora da distribuidora da Ática e da Scipione no Ceará, também disse que não há previsão de aumento para este mês. “Alguns livreiros estão chegando agora para pegar (as tabelas), mas o reajuste é do final de novembro“, explica.
Na Livraria Dom Pedro, a supervisora Fabiana Marx diz que mais uma vez os preços dos livros foram revistos antes da virada do ano. “Teve um reajuste de 5%, em média, dependendo da editora. Mas o reajuste é antes do recesso. Já fazemos a compra, a partir do dia 2 (de janeiro) com aumento“, garante.
Ao contrário dos demais entrevistados, o proprietário da Livraria Educativa, Oscar Nogueira, reitera a afirmação que deu a O POVO na semana passada de que algumas editoras reviram suas tabelas de preços em janeiro. Ele explica que pega as tabelas pela Internet e que em janeiro chegaram preços atualizados de mais de uma das editoras ouvidas anteriormente. “Saraiva e FTD, por exemplo, (disponibilizaram as novas tabelas) desde o início do mês (de janeiro). A Moderna também. Da Ática chegou no dia 7 (de janeiro) e agora restam poucas (para chegar)“, afirma.
Segundo Ednilson Xavier, vice-presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL), que reúne cerca de 260 estabelecimentos do setor em todo o País, este ano ainda não houve aumento de preços no segmento de livros didáticos. “Pode ser que aconteça (reajuste em janeiro), mas que eu saiba a maioria dos aumentos foram em novembro e dezembro“, observa.
A reportagem entrou em contato com a Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros) em busca de mais esclarecimentos sobre o assunto, mas a Assessoria de Imprensa da entidade informou que ela não controla nem acompanha o reajuste de preços no mercado.