Inesc pressiona governo para investir em educação

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A ONG, que busca apoio da sociedade civil para assinar petição com o objetivo de pressionar o governo a cumprir a meta do PNE referente ao investimento de 10% no PIB no ensino público até 2024, também publicou avaliação dos estudantes sobre o ensino público na pandemia.

O Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), com o apoio do Fundo Malala e outras organizações sociais, tem impulsionado a campanha “E fora dos stories: como está a educação?”. A iniciativa tem o objetivo de pressionar o governo a cumprir a meta do Plano Nacional de Educação (PNE), referente ao investimento de 10% no PIB no ensino público até 2024. Segundo a pesquisa de opinião pública, produzida pelo instituto com o Vox Populi, quase 85% dos jovens no ensino médio público não receberam equipamentos para ensino à distância (clique aqui para acessar na íntegra). Além disso, cerca de 60% não tinha computador ou pacote de dados no celular para acompanhar as aulas durante o mês inteiro.

Destaques da pesquisa

A pesquisa foi realizada com mais de 2 mil estudantes do ensino médio, entre 15 e 19 anos, nas cinco regiões do Brasil. O estudo aponta que 67% dos estudantes da rede pública são de famílias de baixa renda, e 37,1% trabalham e estudam.

Diante da disseminação da Covid-19, cerca de 79% dos alunos estudaram remotamente em 2020 e 2021; e 20% deixaram de estudar por pelo menos um ano da pandemia. Cerca de 73% estudaram menos, uma média de 3,18 horas por dia que é 35% menor que na rede privada. Destaca-se que 7,5% dos estudantes negros não tinham acesso à internet, enquanto o percentual para alunos brancos era de 3,6%.

Além disso, 8 em casa 10 alunos da rede pública acessam conteúdos escolares pelo WhatsApp ou outros aplicativos de mensagem. Cerca de 36% avaliam o ensino remoto como regular e apenas 3,4% consideram muito bom a educação à distância.

Entenda o contexto

O Inesc adota um tom crítico ao governo e argumenta que, mesmo diante das dificuldades trazidas pela pandemia e necessidade de adaptação ao ensino remoto, os investimentos na educação estão diminuindo. A campanha, lançada em novembro de 2021, defende que o ensino público é fundamental para combater as desigualdades socioeconômicas do país, bem como que a queda de recursos nessa área acentua as diferenças entre alunos de escolas privadas e públicas. Deste modo, a petição solicita o direcionamento de 10% do PIB para a educação.

 

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