MEC quer ampliar estímulo à leitura nas escolas

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O MEC está propondo um pacto com os secretários municipais e estaduais de educação para incentivar a leitura nas escolas. A intenção não é só distribuir livros didáticos e paradidáticos, mas fomentar a leitura e acompanhar essa política de perto. A implantação de centros de leitura em 30 escolas públicas, a publicação da revista LeituraS e um conjunto de documentos sobre a política para a formação de leitores são algumas das ações práticas previstas para o início de 2007. 
 
“Formar leitores é obrigação nossa e direito de quem está na escola”, disse Jane Cristina da Silva, coordenadora-geral de Estudos e Avaliação de Materiais do MEC, no Seminário Nacional Currículo em Debate, no Bay Park Hotel, em Brasília, nesta sexta-feira, 10. Jane apresentou a cerca de 600 secretários e diretores de escolas públicas a proposta de ação pública e articulada para incentivar os estudantes e professores a lerem. 
 
Entre as ações, lançar, nos próximos dias, edital para selecionar 30 municípios onde o MEC construirá centros de leitura em escolas públicas. Em janeiro e fevereiro próximos, as secretarias de educação apresentarão à Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) propostas para a seleção, onde devem constar projeto pedagógico e proposta de trabalho com leitura nos municípios. 
 
O município deverá oferecer a sede para o centro de leitura e estrutura para seu funcionamento – recursos humanos e banda larga de telefonia para internet. O MEC entrará com equipamentos eletrônicos, acervos impressos e digitais, formação de professores e pessoal para trabalhar nos centros, acompanhamento e avaliação do programa. Ainda no primeiro semestre, novo edital será publicado para selecionar outros municípios que queiram o investimento, cuja verba está assegurada no orçamento do MEC de 2007. A revista LeituraS terá 50 mil exemplares, inicialmente, e sua primeira edição sai este mês. Será entregue a todas as secretarias de educação do País. 
 
O primeiro número traz como manchete Iepê, cidade que lê, sobre as ações de incentivo à leitura no interior de São Paulo. A publicação traz entrevista com o autor de livros infanto-juvenis Ricardo Azevedo e reportagem sobre a leitura de contos populares em sala de aula. A revista quer divulgar trabalhos no setor, entrevistas com autores e professores. 
 
Segundo Jane, a concepção de leitura nas escolas é ampla: “Extrapola os limites do texto escrito, embora o suporte livro seja prioridade”. Ou seja, a atividade englobará gêneros como teatro, romance, crônica e contos, mas também leitura de cinema, fotografia e outras artes.  
 
Dados do Censo Escolar de 2005 do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) indicam que menos de 20% das escolas públicas do País têm biblioteca. O plano de incentivo à leitura nas escolas foi construído após debate sobre o assunto em dez seminários regionais e um nacional, denominados Qualidade Social da Educação, realizados em 2005 pelo MEC. Desde 1999, o MEC distribui livros de literatura nas escolas públicas, pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE).  
 

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