O Ministério da Educação (MEC) participa, entre os dias 7 e 13 de dezembro, da 17ª Semana Nacional da Ciência e Tecnologia no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília (DF). Nessa terça-feira, 8 de dezembro, foi realizada a abertura do evento para o público, cujo tema é “Inteligência Artificial, a nova fronteira da ciência brasileira”. Na ocasião, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, falou sobre a importância da iniciativa quando se trata da busca por soluções para os problemas que se apresentam, principalmente, na atualidade, caracterizada por contextos sem precedentes em todo o mundo.
O evento conta com ações da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), da Secretaria de Alfabetização (Sealf) e da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, além da participação de representantes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Educação Profissional e Tecnológica – Outro objetivo do MEC no evento é mobilizar crianças, jovens e famílias em ações de ciência e tecnologia. A pasta apresenta, em parceria com o Instituto Federal Goiano, projetos multidisciplinares e integradores de atividades de ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Os visitantes do estande encontrarão tecnologias baseadas na inteligência artificial e na “internet das coisas” para o agronegócio, sensores para monitoramento de clima e respostas de plantas a fatores de estresses do ambiente, sistema automatizado de produção de peixes e hortaliças e de produção de compostos naturais em plantas in vitro, entre outros.
O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Wandemberg Venceslau, explica que a SNCT é uma ótima oportunidade para que a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica apresente alguns dos projetos desenvolvidos pelos Institutos Federais, no âmbito da educação profissional “Principalmente na área de extensão e pesquisa aplicada, em que temos projetos com o uso eficiente de energia, também na área de tecnologia de alimentos, processos automatizados e outras ações no campo da agricultura, indústria e serviços”, informou o secretário.
Ainda segundo ele, a apresentação de projetos inovadores, multidisciplinares e integradores de atividades de ensino pesquisa e desenvolvimento tecnológico, realizados pela rede, demonstram o alcance e o envolvimento dos mais de 1 milhão de estudantes que integram toda a Rede Federal. “E essas ações são desenvolvidas em ambientes propícios à transferência do conhecimento, nos quais os Institutos Federais realizam tanto a oferta de cursos técnicos, mas também cursos de graduação e pós-graduação, possibilitando que os discentes estejam presentes em um ambiente de transferência de conhecimento, que considere tanto a educação de nível médio quanto a educação superior e a pós-graduação, na mesma instituição, e muitas vezes no mesmo campus”, analisou Wandemberg.
Atualmente, os programas de alfabetização do MEC exploram as possibilidades tecnológicas para desenvolvimento de iniciativas que utilizam, por exemplo, a inteligência artificial, a gamificação e o e-learning empresarial. O objetivo da pasta é desenvolver o protagonismo do estudante no processo de aprendizagem, a integração de disciplinas e as metodologias ativas para que os estudantes possam atuar como agentes transformadores.
Para o Ministro de Estado da Educação, Milton Ribeiro, “o uso da tecnologia, seja em uma pesquisa, ou na busca por soluções de problemas, é um caminho sem volta rumo à educação no mundo moderno”. No entanto, o ministro pondera que as iniciativas devem estar alinhadas a um processo de aprendizagem e ao desenvolvimento de competências por meio de itinerários formativos, personalizados de acordo com o perfil do estudante.
Alfabetização – O MEC lançou, em 27 de novembro, o jogo virtual gratuito Graphogame, que tem como foco auxiliar estudantes da pré-escola e dos anos iniciais do ensino fundamental a aprender a ler as primeiras letras, sílabas e palavras, com sons e instruções em português brasileiro. A iniciativa faz parte do Programa Tempo de Aprender, que fez a adaptação do jogo finlandês para língua portuguesa por meio do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer).
O Programa Tempo de Aprender contempla dez ações, distribuídas em quatro eixos, que visam melhorar, sistematicamente, o processo de alfabetização no Brasil. No total, o MEC já registrou 4.402 adesões de secretarias municipais, estaduais e distrital. A ação disponibiliza, para qualquer interessado, o curso on-line de práticas de alfabetização e o curso de práticas de produção de textos para professores, por meio da plataforma Avamec, a playlist “Aproveitando o Tempo com as Crianças em Casa” no canal do YouTube do Ministério, entre outras ações.
Outra iniciativa do MEC na alfabetização que tem destaque no evento é o Programa Conta pra Mim, que promove práticas de literacia familiar que ajudam a desenvolver nas crianças habilidades fundamentais para apoio no processo de aprendizagem. A iniciativa oferece, em formato digital gratuitamente no portal do Ministério, os seguintes materiais: Guia de Literacia Familiar em formato PDF; 40 vídeos de orientação sobre literacia familiar; divulgação de dicas pelas redes sociais; séries de histórias narradas “Era uma vez”, disponíveis em canais de música on-line; coleção Conta pra Mim, com dez canções populares interpretadas por Toquinho, que também narra 20 vídeos de histórias infantis.
Educação Básica – O MEC disponibiliza duas plataformas digitais que contribuem tanto para a formação continuada dos profissionais da educação básica para o uso de TICs, quanto para o acesso a recursos educacionais digitais (REDs), quais sejam, respectivamente: o Ambiente Virtual de Aprendizagem (Avamec) e a Plataforma de Recursos Educacionais Digitais (MEC RED).
As plataformas são utilizadas para ajudar as ações docentes e também para que os professores possam extrair recursos complementares para as suas atividades remotas. O Avamec foi desenvolvido para oferecer, de forma integral e gratuita, cursos livres de extensão ou de aperfeiçoamento para os profissionais da educação. O Avamec possui cerca de 660 mil usuários cadastrados, com acesso a mais de 110 cursos.
A Plataforma MEC RED tem o objetivo de incorporar na política educacional o potencial da cultura digital, de modo a fomentar a autonomia para uso, reuso e adaptação de recursos educacionais digitais, valorizando a pluralidade e a diversidade da educação brasileira, e busca reunir o acervo de recursos educacionais já produzidos pelo MEC, assim como faz referência a recursos educacionais em plataformas de instituições parceiras, com indicação da respectiva licença de uso.
FNDE – O e-PNAE é o aplicativo lançado pelo Controle Social do Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE), no qual pais, estudantes, professores, nutricionistas, conselheiros da alimentação escolar e toda a comunidade poderão acompanhar e avaliar a alimentação escolar oferecida nas escolas públicas de todo o país, por meio de interação com outros usuários. A plataforma conta, ainda, com ferramentas lúdicas como quiz e game; informativas, como dicas de alimentação saudável e notícias sobre o PNAE; e de comunicação, com a possibilidade de contato com nutricionistas e conselheiros da alimentação escolar. O aplicativo está disponível para download na loja virtual da Google Play e na App Store.
O FNDE também apresenta ações do Programa Caminho da Escola que tem o objetivo de renovar a frota de veículos escolares no Brasil e garantir segurança e qualidade ao transporte de estudantes. A iniciativa consiste na aquisição de veículos padronizados para o transporte escolar e busca reduzir a evasão escolar e ampliar o acesso e a permanência dos estudantes nas escolas das redes públicas de educação básica.
No total, são cinco modelos de ônibus rural (ORE), com capacidades para transportar 13, 29, 44 e 59 estudantes sentados; e dois modelos de ônibus urbano acessível (Onurea), com capacidades para 21 e 29 estudantes sentados. Todos são equipados com dispositivos de acessibilidade e seguem os padrões de qualidade e segurança estipulados pelo FNDE em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
A novidade deste ano é um micro-ônibus denominado Ônibus Rural Escolar do tipo ORE ZERO, com tração nos quatro rodados 4×4, com capacidade para 13 estudantes sentados, mais 1 auxiliar e 1 condutor.
