Interesses ditam escolha das obras

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Pais que orientam com bom senso e crianças que escolhem com liberdade. Esse é o equilíbrio ideal na hora de selecionar livros para os filhos, ensinam os especialistas em literatura. Para os adultos, a tarefa não é brincadeira, mas alguns critérios ajudam. 
 
Conhecer os gostos da criança é essencial. “Deve-se pensar nos interesses, se gosta de ficção, se gosta de magia. Livros precisam ser instigantes“, explica Cristiane de Oliveira, especialista em literatura infantil/juvenil da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). 
 
O livro infantil deve ser visto além de letras e figuras. “Cabe aos pais analisar não só as ilustrações mas também o texto e a diagramação“, opina Vera Aguiar, professora da faculdade de Letras da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul). 
 
Por exemplo: a disposição das palavras é fundamental para uma criança em fase de alfabetização, que lê passando o dedo sob as linhas e se confunde se o espaço entre elas for muito pequeno. 
 
E ela deve participar da compra. “A criança pode pegar os livros que lhe chamarem mais a atenção. Quando há uma grande diversidade de obras, ela desenvolve seu lado crítico“, diz Maria dos Prazeres Mendes, que leciona literatura infantil e juvenil na USP. 
 
“É importante para a educação de um filho leitor que ele tenha prazer ao ler e que produza seu próprio conhecimento, sendo ativo na escolha das obras“, aconselha Maria José Palo, professora de literatura da PUC-SP. 
 
Assim, a criança não lerá por obrigação -dos pais ou da escola- e desenvolverá a atividade. “O principal é ter liberdade e não transformar a leitura, que é encantamento, em dever“, conclui Aguiar. 

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