Falta de informação dificulta troca literária entre países de língua portuguesa

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O principal obstáculo à expansão do intercâmbio literário entre os oito países de língua portuguesa ainda é a falta de informação sobre autores e títulos publicados. O assunto dominou as discussões do primeiro dia do 1º Encontro de Literatura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que começou nesta quarta-feira, 26, em Fortaleza (CE). O encontro reúne professores e representantes dos governos de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor Leste. 
 
Durante todo o dia foram feitos relatos sobre as estruturas de ensino nesses países e a importância de estreitar os laços culturais e promover a língua portuguesa fora do espaço lusófono. A idéia é produzir até sexta-feira, 28, quando termina o encontro, uma lista de autores dos países da comunidade para serem utilizados na formação de professores do ensino básico.  
 
O presidente do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), com sede em Cabo Verde, Manuel Brito Semedo, sugeriu a Portugal e ao Brasil a publicação de uma obra de referência em que constariam os principais autores e poetas dos países lusófonos. “Seria uma publicação simples, mas completa, para orientar os professores e os alunos na escolha de títulos adequados a cada nível de ensino”, disse. 
 
Para o diretor de Políticas do Ensino Superior do MEC, Godofredo de Oliveira Neto, é fundamental que se criem condições para aproximar os países de língua portuguesa: “A literatura é um mergulho na alma de um país, é uma marca cultural fundamental para se conhecer a realidade de um povo”. 
 
Na quinta-feira, 27, os professores de escolas públicas, convidados dos oito países da CPLP, falarão sobre como a literatura em língua portuguesa pode integrar e contribuir para a formação dos professores do ensino básico. 
 
O 1º Encontro de Literatura da CPLP está sendo realizado pela Comissão Executiva de Educação, criada em maio de 2004, durante a reunião anual dos ministros da Educação. A comissão é presidida pelo MEC durante o biênio 2004/2005. Para estimular a integração a partir de temas educacionais, o trabalho foi dividido entre os países. O Brasil coordenará a parte literária; Portugal, as áreas de história, ensino técnico e superior; e Moçambique, os setores de estatísticas e pesquisas educacionais.  
 

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