Livro: Bem mais que o Sudeste

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As maiores editoras do país (até segunda ordem, Record, Objetiva, Companhia das Letras, Melhoramentos, Moderna e mais duas ou três) continuam no eixo Rio-São Paulo. Mas existe um mercado editorial, e cada vez mais atuante, se espalhando por outros estados da Federação, em alguns casos com ótimos esquemas de distribuição e divulgação de seus lançamentos. Basta citar Rio Grande do Sul e Paraná, onde a L&PM (RS) e a Travessa dos Editores (PR) têm jogado excelentes títulos nas prateleiras das livrarias do Brasil inteiro.  
 
Experiências semelhantes são vistas em outros estados, em alguns por meio da atuação das fundações culturais – como é o caso da Bahia e de Pernambuco. Em Minas Gerais, além das editoras de expressão sediadas na capital – como a Lê, Dimensão e Formato Editorial -, trabalho de peso vem sendo feito em Juiz de Fora, por intermédio das Edições Funalfa (Fundação Alfredo Ferreira Lage).  
 
Além de bancar um importante prêmio literário anual, a Funalfa tem se aventurado com equilíbrio e sucesso na edição de obras de autores consagrados (em alguns casos, fazendo co-edições com editoras representativas em termos nacionais). Neste caminho, dois livros importantes chegam ao mercado, com distribuição nacional. São eles Clodesmidt Riani: Trajetória, organizado por Hilda Rezende Paula e Nilo de Araujo Campos, sobre a atuação do sindicalista e político juizforano Clodesmidt na luta pelos direitos trabalhistas e pela democratização do país; e a bem-vinda reedição (a quinta) do belo romance O penhoar chinês, da grande escritora Rachel Jardim, obra que recebeu ótima acolhida do público quando de seu lançamento original, em 1985, pela Editora José Olympio.  
 
Clodesmidt Riani teve forte atuação nos movimentos sindicais e políticos mineiros nas décadas de 50 e 60. Foi um desses bravos brasileiros que dedicaram a vida à conquista de uma sociedade mais justa e democrática. A obra ganha significado especial por traduzir o reconhecimento da relevância de Riani como sujeito da história do país, com destacado esforço na política municipal, pela comunidade acadêmica da cidade onde viveu a maior parte de sua vida.  
 
Em O penhoar chinês, a romancista juizforana Rachel Jardim aborda a temática da cidade, da mulher e o comportamento do homem típico dos anos 20. O Rio de Janeiro é cenário da história e Juiz de Fora é retratada com o nome fictício de Palmas e também com o nome real da cidade. Rachel, escritora que está chegando aos 80 anos, tem mais de uma dezena de livros publicados, entre romances, contos e peças teatrais, e é uma das mais importantes escritoras de sua geração.  
 
Não encontrando nas livrarias, os títulos das edições Funalfa podem ser pedidos pelo e-mail: funalfa@funalfa.com.br.

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