Tarso Genro deve ficar no MEC até o dia 27 de julho

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A saída de Tarso Genro do Ministério da Educação (MEC) deve ocorrer somente no final deste mês, apesar de sua decisão, no fim de semana, de assumir nova função, como presidente nacional do PT. Segundo o ministro, após conversa com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, teria ficado acertado que permaneceria no comando da pasta da Educação até o dia 27 de julho, tempo necessário para dar encaminhamentos mais conclusivos a projetos, como o da reforma universitária.  
 
A última versão da reforma tinha cronograma de apresentação à Lula no dia 28 de julho, devendo, em seguida, ser encaminhada ao Congresso Nacional. A perspectiva de Tarso era de que o projeto pudesse ser votado ainda neste ano. 
 
 
 
Tarso Genro é escolhido presidente do PT e sai do MEC  
Folha Dirigida Online 
 
A crise que assola o PT tomou proporções nunca vistas em 25 anos de história desde sua fundação. O então presidente da legenda, José Genoino, um dos principais acusados do Esquema do Mensalão, entregou o cargo, que vai passar a ser exercido pelo ministro da Educação, Tarso Genro. Os ex-ministros Ricardo Berzoini e Humberto Costa também ganharam cargos na direção do partido. A indicação de Genro, feita pelo Campo Majoritário, tendência predominante, não teve o apoio da esquerda do PT. A decisão foi tomada durante a reunião do Diretório Nacional do partido, que acontece até domingo, em São Paulo. A situação, que já era delicadíssima, passou a ficar insustentávél após a prisão do assessor de José Nobre Guimarães, líder do PT na Assembléia Legislativa do Ceará e irmão de José Genoino. José Adalberto Vieira da Silva foi preso na sexta-feira com quase R$ 500 mil pela Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.  
 
Tarso Genro lamentou ter de deixar o ministério da Educação. E acrescentou que pretende apresentar, antes de sair, a reforma universitária. Em sua primeira entrevista coletiva como presidente nacional do PT, na noite do dia 9 de julho, listou o que chamou de prioridades para a reestruturação do partido. Entre elas, uma repactuação entre todas as tendências. “Vamos pactuar uma relação com as diferentes forças políticas que integram o partido, fazer uma profunda avaliação dos problemas que implicaram o desgaste do PT e restabelecer a relação com nossa base social“, afirmou Tarso. 
 
 
 
Tarso Genro: “Sem o PT, a vitalidade do governo está comprometida”  
O Globo – Demétrio Weber e Gerson Camarotti 
 
Às voltas com a finalização da reforma ministerial, que deve ser anunciada até o dia 12 de julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já admite, em conversas reservadas, que o projeto de reeleição pode ficar ameaçado com o agravamento da crise política. Essa preocupação foi confirmada ontem pelo presidente do PT e ministro da Educação, Tarso Genro, que disse ainda acreditar na reeleição de Lula. No entanto, disse Tarso, isso só vai acontecer se o Partido dos Trabalhadores conseguir dar “uma virada“ e recuperar sua credibilidade. “Sem o PT, a vitalidade do governo está comprometida” afirmou Tarso.  
 
Haddad é forte candidato a substituir Tarso no MEC  
Ele acertou com Lula que ficará à frente do ministério até 27 de julho, quando pretende apresentar a versão final da proposta de reforma universitária. Tarso teve uma longa conversa com o presidente, por telefone, e ouviu do próprio Lula elogios ao secretário-executivo Fernando Haddad — forte candidato a substituí-lo no MEC. “Esta é uma decisão do presidente Lula, mas suponho que Fernando Haddad será o nome escolhido”, disse ele.  
 
Segundo ministros ouvidos pelo GLOBO, Lula já deu indicações claras que deve nomear Haddad para o lugar de Tarso no MEC. O presidente passou o fim de semana na Granja do Torto, de onde fez diversas consultas sobre a reforma de seu ministério. Já está praticamente certo, por exemplo, que o ministro Jaques Wagner (secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) acumulará a função de coordenador político do governo, hoje exercida pelo ministro Aldo Rebelo.  
 
Lula tentou manter Aldo no governo. Pensava em deslocá-lo para o Ministério do Trabalho. Mas o PT colocou dificuldades, o que acabou favorecendo a nomeação do presidente da CUT, Luiz Marinho. Neste fim de semana, chegou a ser cogitada a possibilidade de Aldo ir para a Previdência, no lugar de Romero Jucá. Mas o ministro deve mesmo voltar para a Câmara e reassumir o mandato de deputado federal. Lula tentava fechar um nome para o Ministério da Previdência.  
 
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, passou a defender a indicação do secretário do Tesouro, Joaquim Levy, para o cargo, depois que o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio, recusou a pasta. Antes, Levy estava cotado para assumir o comando do INSS, já que tem fama de controlar gastos com mão-de-ferro.  
 
Com a saída de Tarso do governo, Lula estava inclinado a manter o ministro das Cidades, Olívio Dutra. Dessa forma, ficaria arquivada a idéia de fundir Cidades com o Ministério da Integração Nacional, que está sob o comando de Ciro Gomes. Tarso afirmou que terá como desafio recuperar a imagem do PT. “A desconstituição do PT pode representar o fim da mediação democrática para reduzir as diferenças sociais no Brasil” afirmou, acrescentando que o PT seria a última oportunidade na democracia brasileira de se combater a desigualdade histórica e social no Brasil. “Isso seria um perigo para as instituições brasileiras, que têm que enfrentar e resolver problemas tão sérios” destacou Tarso. 
 

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