Fernando Haddad será o novo ministro da Educação

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou o ministro da Educação, Tarso Genro, a convidar seu secretário-executivo, Fernando Haddad, para assumir a pasta a partir do dia 27. Já a saída do ministro-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação de Governo), Luiz Gushiken, voltou a ser analisada, após de Lula dizer, na sexta-feira, que ele ficaria.

Depois de várias conversas ao longo do dia, Lula bateu o martelo sobre algumas mudanças no primeiro escalão e deve realizar hoje pela manhã reunião ministerial, ainda que os anúncios oficiais fiquem para a semana que vem.

No quebra-cabeça da reforma, Jaques Wagner vai assumir a Coordenação Política, à qual será incorporado o Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, já. comandado por ele. Luiz Dulci permanece na Secretaria-Geral da Presidência.

O presidente tendia ontem a adotar a sugestão de fundir os ministérios de Cidades e de Integração Nacional, sob o comando de Ciro Gomes. O titular da pasta das Cidades, Olívio Dutra, pode deixar o governo.

Resta decidir ainda o destino de Aldo Rebelo, que deixará a Coordenação Política. Após de ser vetado no Ministério do Trabalho pelas centrais sindicais, Aldo pode ir para o Ministério da Defesa ou voltar para a Câmara.

Lula avaliava nomear Joaquim Levy, atual secretário do Tesouro Nacional, para o Ministério da Previdência, assumindo assim a vaga de Romero Jucá (PMDB), que deixa o cargo em função de denúncias -embora a justificativa oficial seja de que é pré-candidato ao governo de Roraima. Levy tem o respaldo de Antonio Palocci Filho (Fazenda).

Por fim, havia uma dúvida sobre a ida do PP para o primeiro escalão. A reunião de Lula com o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), prevista para 11 de julho, não ocorreu.

A Folha apurou que Lula ficou novamente contrariado com a pressão do partido para ficar com o Ministério das Cidades. O presidente atribui a isso as declarações do líder do partido, José Janene (PP-PR), que disse considerar que não era um “bom momento“ para o PP integrar o governo.

A declaração fez com que Lula passasse a reconsiderar a idéia de fazer um convite ao PP. Com isso, ganhou força a tese da fusão de Cidades com Integração.

Isso deverá se somar ao anúncio de corte significativo de cargos comissionados na administração.

No dia 11 de julho, Lula se reuniu pela manhã com Tarso Genro. O ministro, que acaba de assumir interinamente a presidência do PT, sugeriu o nome de Haddad para substituí-lo. Lula autorizou Tarso a fazer o convite. Haddad aceitou o convite, embora ainda evitasse falar a respeito.

A Secretaria da Pesca deve ser extinta. A demanda de aquicultura e pesca ficaria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário.

As mudanças na direção de algumas estatais também seguiam em negociação ontem. O ex-deputado peemedebista Aloísio Vasconcelos disse ter aceitado o convite para assumir a presidência da Eletrobrás, por indicação conjunta de Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP).

Já para o lugar de José Eduardo Dutra no comando da Petrobras continuava o impasse entre o presidente da BR Distribuidora, Rodolfo Landim, defendido pelos senadores petistas Aloizio Mercadante (SP) e Delcídio Amaral (MS), e o atual diretor financeiro José Sérgio Gabrielli, preferido pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Fernando Haddad pode assumir pasta da Educação
IG Educação

O ministro da Educação, Tarso Genro, eleito no último sábado presidente do PT, sugeriu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o nome do secretário-executivo do Ministério, Fernando Haddad, para sucedê-lo no cargo. Deu a entender que será atendido. “O presidente Lula me perguntou sobre o trabalho de Haddad. Eu disse que tudo o que foi feito até agora nós fizemos juntos e, se ele considerasse o trabalho positivo, (Haddad) poderia ser mantido. O presidente gostou da resposta“, disse Tarso.  
 
As mudanças – mais um capítulo da reforma ministerial -, devem sair até 12 de julho, quando Lula embarca em viagem de quatro dias à França. O ministro Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência, também vem sendo apontado como forte candidato ao Ministério da Educação.  
 
O presidente tem marcadas para o dia 12 conversas com o presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti, para discutir a possibilidade de o PP ter assento na Esplanada dos Ministérios. O PMDB também pretende procurar o presidente para brigar por outro ministério, de preferência o de Cidades, do petista gaúcho Olívio Dutra. Também voltou a ser cogitada a possibilidade de Aldo Rebelo, ministro da Coordenação Política, ir para o Ministério da Defesa.  
 
No dia 12 também, o ministro Jacques Wagner, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), deve comunicar a Lula que não será candidato ao governo da Bahia, condição necessária para permanecer no cargo. Se Dulci for para o MEC, Wagner assumiria a Secretaria-Geral, que voltaria a acumular a função de coordenação política, e também o CDES, enxugando 21 cargos em comissão. Mas, se Dulci continuar no Planalto, Wagner ficará com a coordenação política e o CDES. 
 

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