Experiências ajudam o hábito de leitura

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Segundo a CBL, a média de leitura por ano no país é de 1,8 livro por pessoa. Some a isso os resultados do Indicador Nacional de Analfabetismo (Inaf) de 2003 que se verificará o quanto é fundamental aproximar o brasileiro dos livros: entre os cidadãos de 15 anos a 64 anos, apenas 25% são capazes de ler textos longos. Outros 37% conseguem localizar uma informação em textos curtos; 30% sabem ler e escrever, mas somente identificam informações simples. Os restantes 8% nem sequer são alfabetizados. Considerando que entre os 92% dos brasileiros que sabem ler e escrever apenas 25% compreendem textos longos, o restante, mesmo que tenha um emprego, vive em um sério nível de exclusão social. 
 
Para reverter esse quadro, uma das iniciativas públicas com resultados positivos é o programa “São Paulo: Um Estado de Leitores“. E chama a atenção pelo efeito multiplicador. Em parceria com as 84 prefeituras que não tinham nem uma biblioteca, e com empresas como Pão de Açúcar, Itaú e a Bolsa de Valores de São Paulo, o programa já implantou mais de 70 bibliotecas; abriu 49 salas de leitura pela periferia da capital e na grande São Paulo (20 em hospitais públicos, 22 em conjuntos habitacionais da CDHU, cinco nos Centros de Integração da Cidadania, uma na Penitenciária Feminina Dra. Marina Cardoso de Oliveira; outra no Centro Desportivo Baby Barione). A meta de zerar o número de municípios sem bibliotecas deverá ser alcançada neste mês. 
 
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Boas idéias ganham adeptos nos Jardins e na periferia  
Valor Econômico – por Cristina R. Durán  
 
Pouco a pouco, ações isoladas surgem para aproximar os brasileiros dos livros. Um exemplo é o programa “Corrente Leia Mais, Brasil“, iniciativa do publicitário Agnelo Pacheco, nos Jardins, bairro nobre da cidade de São Paulo. Outro é o Núcleo Cultural Força Ativa (NCFA), que desde 1995 incentiva a leitura em Cidade Tiradentes, região carente na zona leste de São Paulo.  
 
No lugar de cartões natalinos, no Natal de 2004 Pacheco distribuiu cerca de mil livros de autores brasileiros, como Thiago de Mello e Lygia Fagundes Telles, carregando uma etiqueta onde se lê: “Não estou perdido, sou um livro viajante“. Nela, sugere-se que, depois de lido, o livro seja deixado em algum lugar público para que outra pessoa possa ler a obra e assim sucessivamente. “Chega de reclamar que as pessoas não lêem. É hora de incentivá-las a fazê-lo“, diz o publicitário, que transformou a idéia natalina em corrente permanente.  
 
Os membros do NCFA caminham por outra seara. Enquanto batalham pela implantação de uma biblioteca pública na região, eles próprios montaram uma comunitária. “No começo guardávamos alguns livros na garagem de um amigo. Depois conseguimos uma sala da Cohab, por meio da ONG Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (IBEAC)“, diz Washington Góes, responsável pela comunicação do grupo.  
 
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