O teste do livro

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

O circo do livro foi montado, os artistas estão a postos, mobilizadíssimos, e a platéia sob enorme expectativa: 2005 promete ser um ano decisivo para o mercado editorial no Brasil. Os dois primeiros anos do governo Lula foram de reconhecimento de terreno, nos quais o Ministério da Cultura começou aos poucos um diálogo com os protagonistas do mundo do livro no país. Agora, tudo o que foi elaborado e até realizado – como a desoneração do setor, determinada no fim do ano passado, pela qual os cofres públicos deixarão de arrecadar R$ 160 milhões – deverá começar a ser posto em prática e a ter seus primeiros impactos.  
 
Pesquisa divulgada pelo governo, realizada neste início de ano com editores e livreiros de todo o país, revela um otimismo inédito em relação às medidas que poderão ser adotadas, mas demonstra que, por enquanto, quem gosta de ler vai continuar a pagar caro pelo livro. Embora o Brasil tenha se tornado um dos poucos países do mundo onde a produção de livros é totalmente isenta de impostos, a redução de preço, que os editores prometem realizar, deverá parecer inócua para os leitores.  
 
O livro só vai deixar de ser artigo de luxo no país quando as muitas medidas que se planejam para este ano começarem a dar certo. “No fim do ano passado, a desoneração era uma reivindicação prioritária do setor. Agora, depois que aconteceu, temos de pensar em outras prioridades, como a criação de bibliotecas, de novos pontos de venda, a realização de campanhas de estímulo à leitura e a adoção de linhas de financiamento. Só quando as tiragens aumentarem, o preço do livro poderá cair de maneira mais significativa“, afirma o coordenador Nacional do Livro e Leitura, Galeno Amorim.  
 
A pesquisa – “Perspectivas para o mercado editorial e livreiro para 2005“ – a primeira do Observatório Livro e Leitura, pelo qual o governo vai divulgar informações ao setor pela internet, revela que 36% dos editores não vão reajustar, este ano, os seus preços.  
 
Leia mais 

Desoneração
O Globo – por Manya Millen e Rachel Berthol

Manya Millen e Rachel Berthol lembram que as maiores editoras do mercado, ou seja, as que atuam na área de didáticos, devem ser as mais impactadas pela desoneração fiscal do livro porque, declaram Imposto de Renda sob o regime de lucro real. Segundo as colunistas, em reunião do setor editorial, em São Paulo, comentava-se que a desoneração levará uma grande editora ter redução de custos na ordem de R$ 12 milhões.

Leia mais

Menu de acessibilidade