96% das escolas estaduais da cidade de SP tiveram notas baixas no Enem

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Reportagem publicada na edição desta segunda-feira da Folha de S.Paulo mostra que os 621 colégios estaduais que ficam na cidade de São Paulo obtiveram notas inferiores a 50 dos 100 pontos possíveis no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O número só não inclui 11 escolas técnicas e uma ligada à Faculdade de Educação da USP. 
 
O Enem é feito anualmente por estudantes do 3º ano ou que já concluíram o ensino médio, e as notas das escolas são uma média aritmética das obtidas por seus alunos –o teste é composto por questões de conhecimentos gerais e prova de redação. 
 
Conforme a reportagem, 96% dos colégios estaduais tiveram notas abaixo de 45 pontos; e 69% ficaram abaixo dos 40 pontos. Nenhum obteve mais de 50 pontos. 
 
Das 412 escolas particulares que participaram do Enem, apenas 5 –1,2%– pontuaram abaixo de 40. Abaixo de 45 pontos ficaram 25 escolas, ou 6%. Na faixa acima dos 50 pontos, o Enem revelou estarem 293 escolas particulares (71% do total). Em comum, as escolas com notas mais altas têm cargas horárias puxadas –mais de 1.200 horas-aula por ano enquanto as públicas têm de 900 e 1.080 horas-aula anuais. 
 
O melhor desempenho registrado entre escolas estaduais da cidade de São Paulo foi o da Rui Bloem, na Saúde, na zona sul, com média 49,88; e o pior foi da União de Vila Nova 2, na zona leste, com média 27,09. A média geral foi 38,42. 
 
De acordo com a reportagem, mesmo colégios centrais tradicionais, como o Caetano de Campos e o Rodrigues Alves, obtiveram notas ruins, em comparação com escolas de bairros periféricos como Marsilac ou Guaianazes. 
 
Outro lado 
 
Na reportagem, a coordenadora da Cenp, Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, professora Maria Aparecida Kuriki, 52, afirma que a indiferenciação de resultados entre as escolas de bairros centrais e as da periferia de São Paulo é “um ponto bastante positivo“. 
 
“Mostra que todas as escolas recebem um mesmo encaminhamento da Secretaria de Educação, que não há discriminação contra escolas de áreas periféricas, que o tratamento é igual para todas.“ 
 
Na entrevista, a professora cita ainda que a média de São Paulo –de 40,372 pontos– ficou acima da média nacional –de 40,075 pontos. 

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