A partir de 2011, livros didáticos de língua estrangeira farão parte do PNLD. A decisão foi anunciada no 11º Encontro Técnico Nacional dos Programas do Livro, promovido pelo Fundo Nacional de desenvolvimento da educação – FNDE. Outro anúncio importante é que a partir do ano que vem serão ampliados os investimentos para livros em braile. Também o Programa Nacional Biblioteca da Escola será oferecido para praticamente todos os locais de ensino no país, praticamente sem restrições quanto ao número de alunos.
O encontro, que ocorreu de 30 de maio a 1º de junho, contou, pela primeira vez, com entidades representantes dos autores e editores de livros entre os debatedores. Além da Abrelivros, estiveram presentes representantes da Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (Abrale), Câmara Brasileira de Livros (CBL) e Liga Brasileira de Editoras (Libre).
Além de propor inovações e melhorias, o evento teve como objetivo avaliar a execução do Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Fundamental e Médio e do Programa Nacional Biblioteca da Escola. O encontro contou também com a participação da Secretaria de Educação Básica, Secretaria de Educação especial, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Fundação Dorina Nowill, União nacional dos Dirigentes Municipais de educação, Empresas Brasileiras de Correios e telégrafos, entre outros convidados.
Abrelivros – A entidade participou da palestra “Autores e Editores nos Programas do Livro”. Junto com a Abrale, CBL e Libre, foram discutidos aspectos relativos ao setor. Em sua palestra, João Arinos, presidente da Abrelivros, defendeu que o Brasil tem um dos melhores programas de compra e distribuição de livros didáticos, reforçando a importância da livre escolha do professor. “O Brasil pode se considerar o País com o melhor programa de distribuição de livros do mundo e o sucesso disso se deve, em muito, a boa parceria desenvolvida nos últimos anos pelo MEC, FNDE e editoras, o que dá ao professor grande amplitude de escolha”, afirma.
Arinos demonstrou ainda aos participantes como funciona o ciclo de vida do livro didático para o Governo e a complexidade da elaboração de projetos como o PNLD. Números relativos a produção de conteúdo editorial e produção industrial também foram apresentados, destacando que somente o PNLD responde por 39% de toda a produção gráfica de livros no país.
O encontro – A necessidade da participação de todos os setores da sociedade para a melhoria da educação brasileira foi à tônica do encontro. Daniel Balaban, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), abriu o encontro afirmando que “a educação tem de ser um compromisso de todos e só quando cada brasileiro assumí-la como sua responsabilidade é que conseguiremos alcançar os níveis de qualidade dos países desenvolvidos”.
Durante os três dias do encontro, alguns aspectos relativos à logística dos programas foram colocados em debates pelos 250 participantes. Durante as mesas foram discutidas questões como a regionalização do conteúdo dos livros, defendida como estímulo para professores e alunos. A falta de livros em algumas escolas, fato que forçou o Governo a efetuar uma compra extra junto às editoras, também foi apontado como uma ação que deve ser melhorada. Os participantes apontaram que essa falha se deve por conta de o MEC utilizar como base de cálculo um censo de dois anos atrás.