Mesa Redonda: Games e Educação

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No terceiro dia do ciclo de debates da Abrelivros, a questão dos games educativos, seus desafios e vantagens, tomaram conta do auditório da entidade nesta segunda-feira, dia 25 de agosto. Para discutir o tema Games e Educação, estiveram presentes Mario Lapin, diretor da Virgo Games, estúdio de concepção e produção de games que apresenta propostas lúdicas para aprendizagem, utilizando o poder dos games para ensinar, comunicar e solucionar problemas reais e Fernando Moraes Fonseca, gerente de Inovação e Novas Mídias da Editora FTD.

 

Para Lapin, um dos maiores desafios do desenvolvimento de um jogo didático é contextualizá-lo, fazendo com que possibilite um processo de reflexão, com o jovem utilizando as experiências adquiridas no dia a dia. “Assim o jogo deixa de ser o centro da história e passa a ser uma ferramenta onde os alunos conseguem fazer uma reflexão crítica e levam isso para a vida real, produzindo algo fora da tela”, salientou.

Ele acredita que para termos experiência significativa de aprendizagem com game é necessário um conjunto de experiências fora dele e que precisamos pensar em jogos mais abertos, mais interdisciplinares, não dependentes do currículo ou de uma só disciplina.

“O jogo na escola deve vir junto com mudança de paradigma de como se trabalham os conteúdos” afirmou Lapin, ressaltando a importância da formação e atualização constante dos professores.

Na sequência, Fernando Fonseca iniciou sua participação relatando a história dos jogos e sua importância para o desenvolvimento da cultura. Citou o autor alemão Johan Huizing e seu livro Homo Ludens, mostrando que já há algum tempo, muitos estudos têm sido feitos para entender o impacto dos jogos em nossa vida.

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Para exemplificar a influência dos jogos no ambiente de ensino, o executivo da FTD citou alguns exemplos de jogos didáticos e games educacionais que conseguiram atingir o objetivo de melhorar o aprendizado tendo como principal meio o entretenimento. Entre eles o Astlan, um software que possibilitava que os alunos tomassem decisões sobre uma civilização asteca. “Ao final da aula, os professores presenciavam a reação inusitada dos alunos que lamentavam ter que ir embora”, relatou.

Na conversa final com a plateia, Lapin defendeu que a produção de games não deveria estar vinculada à produção de livros escolares. Já Fonseca discordou um pouco, considerando fundamental e importante que o conteúdo digital esteja associado ao livro. “O professor precisa de um conjunto de propostas bem articuladas.”

Lapin afirmou, ainda que o grande problema na implementação de tecnologia na escola é a banda. “É acesso.” E Fonseca concordou que a infraestrutura da escola, bem como a formação dos professores, são os principais desafios para que os conteúdos digitais fluam.

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