Abrelivros participa do Fórum Latino-Americano de Editores

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O Fórum Latino-Americano de Editores Educacionais, realizado na Feira Internacional do Livro de Guadalajara, México, no fim de novembro, debateu as dificuldades do segmento e as soluções encontradas pelo mercado livreiro que podem ser aplicadas em outros países. O encontro ibero-americano é o segundo maior do mercado livreiro, depois da Feira do Livro de Frankfurt.

Pautas como transformação digital, direito autoral e políticas públicas que envolvem o livro e o material didático estiveram no centro da troca de experiências dos grupos de trabalho.

“Em todos os países estamos passando por uma transformação digital. O modelo de negócios e a precificação acabam sendo afetados nas relações comerciais com os governos. A troca de experiências com os outros países nos traz ideias que podemos aplicar também nas editoras brasileiras”, conta Eduardo Kruel, presidente do Fórum Latino-Americano de Editores Educacionais.

“Nas trocas com outros países percebemos que as políticas públicas ainda não têm um modelo muito bem definido de oferta para o material digital. Mas as editoras já possuem muita experiência na produção e entrega deste tipo de conteúdo para o mercado privado, e podem contribuir de forma relevante, se tiverem abertura, na construção desses modelos para as políticas de Governo”, destacou a Diretora Executiva da Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais (Abrelivros), Renata Müller, que representou a entidade no evento.

No trabalho de cooperação entre os países, o PNLD (Programa Nacional do Livro e do Material Didático) tem sido mostrado como exemplo de uma política consistente e programada do uso do livro didático para países onde os governos não adotam essa postura, como é o caso da Colômbia.

Na questão dos direitos autorais e propriedade intelectual, os participantes do fórum demostraram ter as mesmas preocupações e dificuldades: o uso de trechos de obras, em especial as que são voltadas para a área educacional, sem a devida remuneração aos autores.

Segundo Kruel, outro ponto importante, levantado durante o Fórum de Editores Educacionais, foi o da necessidade de mudar a imagem das editoras, que é a de empresas distantes da inovação e que ainda imprimem em papel. “E o que nós vimos na pandemia não foi isso. O que teria sido do ensino remoto se não fosse a rápida mobilização de quem produz materiais educacionais digitais?”, questiona Kruel.

Segundo ele, uma das ideias para mudar essa visão é encontrar outros caminhos de atuação para as editoras como a produção de estudos e dados que possam mostrar a dimensão da atuação das editoras e também dar mais subsídios ao debate público.

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