Mesa Redonda: Base Curricular Nacional Comum e o livro escolar

A Base Curricular Nacional Comum e o livro escolar, tema da mesa redonda conduzida por Cleuza Repulho, presidente da Undime; Prof.ª Elda Gomes Araújo, secretária de Educação do Amapá e representante do Consed e Clarice Traversini, diretora de Currículos e Educação Integral da Secretaria de Educação Básica do MEC, atraiu grande interesse de profissionais do setor, no dia 23, no estande da Abrelivros na Bienal do Livro de São Paulo. Mediada por Vicente Paz, diretor da Abrelivros, a mesa discutiu muitos pontos relevantes para uma construção de tamanha complexidade.

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A opinião foi unânime, pois quando se foca a equidade, ter um currículo nacional comum é de suma importância, sendo também relevante respeitar as particularidades culturais e sociais de cada região. “Em nosso Estado os jovens querem estudar espanhol por conta do Enem”, comenta a Prof.ª Elda Gomes de Araújo. “Porém, fazemos divisa com a Guiana Francesa, o que faz do estudo do francês também uma prioridade”.

Segundo Cleuza Repulho, da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação, “essa adequação e complementação da Base deverá ser feita de maneira articulada entre professores, escolas e rede de ensino, por meio das Diretrizes Curriculares Municipais e dos Projetos Políticos Pedagógicos”.

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Ficou claro que toda a sociedade precisa participar deste debate que será coordenado pelo MEC. E que é necessário considerar tanto o que já foi produzido quanto o que foi aprovado pelas diretrizes curriculares. “Não queremos inventar a roda”, afirmou Clarice Traversini.

Prof.ª Elda lembrou que muitas vezes o livro didático é a única referência para o trabalho do professor, passando a assumir até mesmo o papel de currículo e de definidor das estratégias de ensino. O professor, no entanto não pode se transformar em refém do livro, imaginando encontrar ali todo o saber verdadeiro e o suporte necessário. Em se tratando de uma Base Nacional Curricular Comum é certo que outros materiais didáticos complementares serão necessários.

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“A escola contemporânea não está fora de lugar na relação com a sociedade. Essa aparente forma desencaixada é o próprio encaixe!”, comentou Traversini, fazendo uma alusão à obra da artista plástica Rosana Paulino que usa em sua arte tecidos com costuras aparentes e que se desfiam. “Práticas curriculares cotidianas precisam ser costuradas – experiências do sujeito da educação (alunos e professores) com os conhecimentos escolares“.

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