A implementação do Novo Ensino Médio no Distrito Federal

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O Novo Ensino Médio já é uma realidade no Brasil e o Abrelivros em Pauta vai traçar um panorama com a implementação do programa nos estados, começando pelo Distrito Federal (DF). Há dois anos, a Secretaria de Estado de Educação do DF começou a implantar as mudanças com projeto piloto em 12 escolas, das 91 que compõem a rede do Ensino Médio. Neste ano, já atingiu mais 68 instituições de ensino e 11 estão em adequação.

De acordo com a secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, há algumas particularidades no sistema de ensino do estado, pois abrange da creche até a universidade distrital. “É uma tarefa mais difícil, pois unimos todos os segmentos, os ensinos Fundamental, Técnico, Médio e Universitário. Nós tivemos que implementar o Novo Ensino Médio e cuidar de todas as outras áreas”, explica.

Além disso, o Distrito Federal já comtemplava a quantidade de horas exigidas na legislação. “Desde o ano 2000 trabalhamos com as 3 mil horas do novo modelo. Acaba sendo essa uma adequação a menos. Somente ajustamos a base curricular para os itinerários formativos”, explica.

Um fator que impactou na implementação do novo modelo foi a evasão do ensino particular para a rede pública, e isso ocasionou em um maior número de inscritos na rede pública. “Estamos nos adequando para que possamos atender a todos os alunos que são egressos da rede particular. Temos que construir espaço nos terrenos em que já existem as escolas, e para isso precisamos de novos investimentos”, esclarece Hélvia Paranaguá. Atualmente, o Distrito Federal está criando salas de aulas modulares, adequando quadras de esportes e expandindo bibliotecas, entre outras melhorias, na busca pela adaptação às mudanças.

Para a secretária de Educação do DF, integrante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), existem alguns ajustes a serem feitos. “Das 27 unidades da Federação apenas vinte estados fecharam os itinerários formativos. Os outros sete não conseguiram, porque com o aumento da hora aula do professor de 4 para 5 horas, os salários tiveram que ser atualizados. E isso não foi possível em alguns estados”, revela.

As parcerias para o itinerário de formação técnica e profissional – uma vez que a adequação da lei permite que a formação técnica seja concomitante com a formação geral básica da escola- também é um diferencial na formação do estudante para a secretária. “O aluno sai com o certificado do ensino médio e com o diploma de técnico. Há uma integralização da carga horária. Fizemos parcerias com Sesi, Senai, Sebrae e CIEE, entre outros”, conta Hélvia Paranaguá.

“Este modelo reflete na educação superior e permite que o aluno faça uma escolha madura e não mude de curso no primeiro semestre, por achar que fez a opção errada. Abre a possiblidade de todo jovem ser inserido no mercado de trabalho na área técnica, uma grande lacuna profissional no nosso país”, finaliza.

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